(arte de Augusto Marques).
Aplicações sobre a passagem ministrada - Marcos 10:
1- O chamado de Jesus ao discipulado no casamento era extremamente contracultural no século I como também voltou a ser para nós hoje, século XXI. Gregos, romanos e judeus adotavam livremente o atalho do divórcio para resolver seus problemas do casamento, e hoje, infelizmente, nossa cultura também é bastante permissiva e favorável ao divórcio. Infelizmente, entre os cristãos isso também tem sido assim. Mas não fomos chamados para isso. Mas então vem a questão: você tem praticado o discipulado no seu casamento? De que maneira você tem vivido de uma maneira que o mundo veja o amor de Deus no amor de você por sua esposa? Será que no casamento buscamos alívio no que é permitido ou nos comprometemos com a intenção original de Deus e com a ordem de Cristo? O que está no seu coração?
Precisamos seguir o ensinamento de Jesus sobre o casamento, tendo em conta também o que Paulo escreve em Efésios: amor e submissão são a chave para a solução dos inevitáveis problemas do casamento, não o divórcio. É interessante pensar que a ordem aos maridos para que realmente amem suas mulheres e às mulheres para que sejam submissas aos maridos tem um ponto em comum importantíssimo e contracultural: tanto o amor como a submissão implicam vulnerabilidade e renúncia. É somente assim que um casamento pode resistir ao divórcio e ser uma imagem do relacionamento entre Cristo e a igreja. Todos nós sabemos que amar é tornar-se vulnerável: abrimos mãos de nossos interesses em favor de quem amamos. Não existe amor sem vulnerabilidade, como bem ilustra o final do episódio "Um escândalo em Belgravia" da série inglesa "Sherlock Holmes", do Netflix. Mas nós, homens, tendemos a achar que é um sinal de fraqueza sermos vulneráveis com nossas esposas, especialmente se tivermos que renunciar às nossas conquistas, trabalhos e interesses pela nossa mulher. Da mesma forma, o feminismo acha intolerável e ofensivo a mulher submeter-se ao marido. Ela se torna vulnerável à sua maldade, seu pecado. É "opressor". Mas a verdade é que esse é o caminho para um casamento cristão que permanece. Somente quando ambos, marido e mulher, estiverem efetivamente e radicalmente comprometidos com os valores bíblicos, é que poderemos ter um casamento realmente feliz. Mas mesmo quando um falha, o outro é chamado a ser a luz do evangelho no casamento e assim sustentar essa aliança até que o outro se arrependa e desperte quanto ao seu pecado contra seu cônjuge. Peça ajuda a Deus, aos irmãos, mas não peça divórcio.
2- Para os solteiros: O casamento é uma instituição divina, é algo que Deus criou, uma união que não deve ser desfeita. Assim, os que querem se casar precisam saber o que é o casamento, para que problemas terríveis sejam evitadas. Não podemos fazer pouco caso da vida matrimonial. Isso envolve tanto a seriedade na escolha do parceiro, ainda que isso seja absolutamente insuficiente (pois nunca conhecemos 100% com quem nos casamos, e as pessoas mudam também, as vezes radicalmente) como a disposição de servir e amar mesmo em momentos difíceis ou quando não estamos apaixonados.
3- Como você trata seus filhos pequenos? E a nossa igreja, será que tem cuidado de suas crianças? Dificultamos o caminho delas ou proporcionamos que encontrem em Jesus o amigo maravilhoso que traz diferença às suas vidas? Será que não estamos adiando sua entrada no reino de Deus? Você as leva a sério?
4- Vulnerabilidade, mais uma vez: assim como somos chamados a sermos vulneráveis no casamento, diante de Deus também devemos ser vulneráveis como as crianças. Não temos méritos diante de Deus. Nossas conquistas de nada valem. Bem aventurados os pobre de Espírito. Você não pode ser presunçoso diante de Deus, achando que ele precisa te abençoar, te dar alguma coisa, que ele tem que te salvar, pois você "merece". Não, definitivamente, não! Humilhe-se diante de Deus. Somos aceitos por Deus não com base no que temos e em nossas realizações, mas com base no que não temos e no que Cristo tem. Como você tem procurado entrar no reino de Deus? Você confia em sua própria religiosidade e conduta moral para tanto? Ou você tem sido vulnerável e dependente da graça? Você é totalmente dependente de Jesus Cristo?
Rodrigo Majewski
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