segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Tema:

A BEM-AVENTURANÇA DO CORAÇÃO LIMPO Mateus 5:8

A BEM-AVENTURANÇA DO CORAÇÃO LIMPO
Mateus 5:8


Estamos perante a bem-aventurança que exige de todo o que a lê parar, pensar e auto-examinar-se.
A palavra do idioma grego que significa puro é kázaros, e possuía vários significados e usos diversos, cada um dos quais adiciona um matiz à concepção da bem-aventurança que envolve a pureza na vida cristã.

(1) Em seu sentido original, significava simplesmente limpo, e podia usar-se, por exemplo, em relação à roupa suja depois de ter sido lavada.

(2) Era usada normalmente para designar o trigo que foi separado da palha. Com o mesmo significado, prega-se de um exército do qual se eliminaram todos os soldados descontentes, covardes, mal dispostos e pouco eficazes em sua missão, e que portanto constitui uma força militar integrada somente por combatentes de primeira qualidade.

(3) Aparecia frequentemente em companhia de outro adjetivo grego
akératos. Esta palavra pode ser empregada, por exemplo, para designar o vinho ou o leite que não foram adulterados mediante a adição de água, ou o metal puro, sem mescla de liga alguma.
O significado de kázaros, portanto, é sem mescla, não adulterado, sem liga. É por isso que a bem-aventurança envolve uma exigência tão formidável. Poderia traduzir-se da seguinte maneira:

Bem-aventurado é o homem cujas motivações são sempre integras e sem mescla de mal algum, porque este é o homem que verá a Deus.

É muito raro que realizemos até nossas melhores ações a partir de uma motivação absolutamente pura. Se ofertarmos com generosidade e desinteresse a favor de alguma boa causa, é possível que no fundo de nosso coração estejamos sentido o prazer de nos sentir bem sob a luz de nossa própria aprovação, ao mesmo tempo que desfrutamos do prestígio e a gratidão a que nos conduz nossa "generosidade". Se fizermos algo belo, que exige algum sacrifício de nossa parte, é possível que não estejamos totalmente livres do sentimento de querer que outros homens vejam em nós algo de heróico ou que nos considerem como mártires. Até o ministro do Deus mais sincero não está totalmente livre do perigo de sentir-se satisfeito consigo mesmo ao ter pregado um bom sermão. Não foi João Bunyan quem ao dele se aproximar alguém um dia para lhe dizer que tinha pregado um bom sermão replicou: "O diabo já me disse isso, enquanto descia do púlpito"?
Esta bem-aventurança nos exige a mais meticulosa vigilância e autoexame. Que atitude guia nossas ações: a vontade de servir a outros, ou o desejo de receber uma retribuição? Oferecemos nossos serviços desinteressadamente, ou porque procuramos a melhor maneira de nos exibir? Trabalhamos na Igreja por amor a Cristo ou para manter nosso prestígio?
Nossa fidelidade na assistência ao culto dominical, parte do desejo de ir ao encontro de Deus, ou é simplesmente o cumprimento de um costume ou a forma de obter a mais convencional das respeitabilidades?
Até nossas orações e nossas leituras da Bíblia, são o resultado de um desejo sincero de andar em companhia de Deus, ou no fundo o que nos move é o prazer de nos sentir melhores que outros, que não manifestem tais demonstrações de piedade? É nossa religião algo no qual somos conscientes nada menos que da necessidade de ter a Deus em nosso coração, ou algo que nos permite pensar placidamente em nossa própria piedade?
Examinar as motivações mais profundas é uma empresa árdua e que muitas vezes nos envergonha, porque há muito poucas coisas que até os melhores dentre nós façamos por motivações completamente puras.
Jesus prosseguiu dizendo que somente os de puro coração verão a
Deus. Um dos fatos mais simples da vida é que vemos somente aquilo que somos capazes de ver. Este asserção não vale somente no sentido físico, mas em qualquer outro sentido possível. Se uma pessoa comum sair em uma noite estrelada, a única coisa que verá é uma enorme quantidade de manchinhas luminosas que cintilam no firmamento; vê aquilo que está capacitado a ver. Mas em idênticas circunstâncias o astrônomo poderá nos dizer o nome de cada estrela e planeta, e passeará seu olhar pelas constelações como se fossem suas velhas conhecidas.
Sob o mesmo céu, um navegante lerá os sinais que podem conduzir sua nave ao porto desejado através dos mares nos quais não há caminhos nem rotas demarcadas.
A pessoa comum pode caminhar pelo campo, e a única coisa que verá na margem do atalho é um matagal de seixos e flores silvestres; mas o botânico saberá o nome e uso de cada planta e até possivelmente seja capaz de descobrir alguma raridade ou curiosidade de alto valor científico, porque para isso seus olhos estão capacitados a ver. Levemos duas pessoas a um museu cheio de quadros antigos. Quem não tiver a formação necessária não será capaz de distinguir a obra autêntica da imitação fraudulenta, enquanto que o crítico de arte poderá distinguir entre muitas telas de menor importância artística aquela que, sendo obra de algum grande mestre, vale uma soma enorme. Há pessoas de mente suja que em qualquer situação vêem a oportunidade para debulhar uma anedota picante ou uma brincadeira suja. Em qualquer esfera da vida vemos somente aquilo que somos capazes de ver.
É neste sentido que Jesus afirma que somente os limpos de coração verão a deus. É muito importante recordar, como advertência, que se mediante a graça de Deus conservamos limpos os nossos corações, ou mediante o pecado os enchemos de sujeira, estamos determinando nossa futura capacidade ou incapacidade para ver a Deus.
Esta sexta bem-aventurança, portanto, poderia ler-se:

Quão feliz é o homem cujas motivações são absolutamente puras, porque este homem algum dia será capaz de ver a Deus!


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