segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Tema:

A BEM-AVENTURANÇA DA PERFEITA SIMPATIA Mateus 5:7

A BEM-AVENTURANÇA DA PERFEITA SIMPATIA
Mateus 5:7

Tal como, às lemos em nossas Bíblias, estas palavras são um grande ensino que apenas requerer pouca explicação. É a afirmação de um princípio que está presente em todo o Novo Testamento. O Novo
Testamento afirma que para ser perdoados é necessário ser perdoadores.
Tiago o diz com transparente clareza: "Porque julgamento sem misericórdia se fará com aquele que não fizer misericórdia; e a misericórdia triunfa no juízo" (Tiago 2:13). Jesus conclui a história do devedor que não usou de misericórdia, advertindo: "Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão"
(Mateus 18:35). O Pai Nosso está seguido por dois versículos que explicam e sublinham o significado da petição que diz "Perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos a nossos devedores": "Porque se perdoardes aos homens suas ofensas, também vos perdoará o pai celestial; mas se não perdoardes aos homens suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará vossas ofensas" (Mateus 6:12, 14-15). O ensino constante de todo o Novo Testamento é que só os misericordiosos receberão misericórdia.
Mas o ensino da bem-aventurança não se esgota nesta interpretação.
A palavra grega que significa misericordioso é eleemón. Entretanto, tal como dissemos repetidas vezes, o grego do Novo Testamento é, por sua vez, a tradução de originais (escritos ou verbais) em hebreu e aramaico.
A palavra hebraica que quer dizer misericórdia é chesedh; é uma dessas palavras que não se podem traduzir. Não significa somente simpatizar com alguém no sentido corrente do termo; não significa somente sentir-se triste pela desgraça de outros. Chesedh é a capacidade de entrar em outra pessoa até que virtualmente podemos ver com seus olhos, pensar com sua mente e sentir com seu coração. Evidentemente isto é muito mais que sentir piedade pelo outro. É simpatia no sentido original desta palavra. "Simpatia" deriva de duas palavras gregas, syn, que significa "junto com", e paschein, que significa "experimentar" ou "sofrer" "Simpatia" significa experimentar algo em total identificação com outra pessoa, passar por quão mesmo essa outra pessoa está passando. Isto é precisamente o que a maioria das pessoas nunca nem sequer procuram fazer. A maioria está tão preocupada com seus próprios sentimentos que não tem tempo nem energias disponíveis para preocupar-se com os sentimentos de outros. Quando sentem tristeza por alguém, tal atitude é, por assim dizer, externa; não fazem o esforço deliberado para identificar-se em mente e coração com a outra pessoa, até ser capazes de ver e sentir as coisas tal como as vê e as sente o outro.
Se fizéssemos este intento deliberado, e se chegássemos a esta forma de identificação com o outro, nossas vidas, e as de outros, seriam muito diferentes.
(1) Isso nos libertaria de todas as formas falsas de bondade. No
Novo Testamento há um exemplo bem claro de bondade mal entendida e mal dirigida. Trata-se da história que nos conta a visita de Jesus à casa da
Marta e Maria, em Betânia (Lucas 10:38-42). Quando Jesus fez esta visita, faltavam muito poucos dias para que se produzisse o trágico desenlace de sua vida. Tudo o que queria era uma oportunidade para poder estar cômodo e contente entre amigos, e assim poder descarregar as terríveis tensões de seu doloroso ministério. Marta amava a Jesus, este era seu hóspede mais honrado; e precisamente porque o amava tanto, desejava poder lhe oferecer a melhor refeição que sua casa podia pôr diante de um convidado especial. Por isso andava ocupadíssima de um lado para outro, fazendo muito ruído na cozinha e no refeitório; cada instante dessa correria era uma tortura para os nervos tensos de Jesus.
Tudo o que queria era tranquilidade. Marta tinha planejado ser bondosa com Jesus, mas não poderia ter-lhe infligido maior crueldade.
Mas Maria compreendeu que a única coisa que Jesus queria era um momento de paz. Ocorre muitas vezes que quando queremos ser bondosos a única bondade que somos capazes de oferecer é a que nós pensamos mais adequada, e a outra pessoa tem que agüentar isso goste ou não. Nossa bondade seria muito melhor, e estaria livre de tanta crueldade involuntária, se apenas pudéssemos fazer o esforço para ver e sentir as coisas do ponto de vista da outra pessoa.

(2) O perdão e a tolerância seriam muito mais fáceis. Há algo muito importante que habitualmente esquecemos – sempre há uma razão para que a pessoa pensar e agir da maneira em que o faz, e se nós conhecêssemos essa razão nos seria muito mais fácil simpatizar com outros, compreendê-los e perdoá-los. Se alguém, segundo nosso ponto de vista, está equivocado no que pensa, é possível que suas experiências, a forma em que foi educado, ou suas normas de vida, o levam a pensar dessa maneira e não como nos parece mais correto. Se alguém agir de maneira irritada ou pouco cortês, é possível que esteja atravessando por um momento de preocupação ou até que esteja sofrendo por alguma causa que nós desconhecemos.

Tal como o afirma o provérbio francês, "Saber tudo é perdoar tudo" mas nunca chegaremos a saber o tudo até fazermos o esforço deliberado de introduzir-nos na outra pessoa a fim de compreender suas motivações mais profundas.

(3) Em uma última análise, não é isto precisamente o que Deus fez em Jesus Cristo? Em Jesus Cristo, no sentido mais literal possível, Deus entrou dentro do homem. Veio aos homens como homem, veio para ver as coisas com os olhos dos homens, a sentir com o coração dos homens, e a pensar com a mente dos homens. Deus sabe como é a vida, porque  viveu a vida.
A Rainha Vitória da Inglaterra e Grã-Bretanha era íntima amiga do
Tulloch, decano da Universidade de Saint Andrews, e de sua senhora. O
Príncipe Alberto morreu e Vitória ficou sozinha. Quase ao mesmo tempo morreu Tulloch, e sua esposa também ficou sozinha. Sem haver-se anunciado por antecipado, a rainha Vitória visitou a senhora Tulloch, e a encontrou descansando em um sofá, em sua habitação. Quando a viúva se deu conta que a rainha estava em seu quarto, fez um esforço paralevantar e fazer uma reverência. A rainha Vitória, entretanto, se adiantou, e disse: "Querida amiga, não se levante. Hoje não venho a você como rainha a um súdito, mas sim como uma mulher que perdeu seu marido a outra na mesma condição." É exatamente o que Deus fez; veio até os homens, mas veio não como um Deus majestoso, longínquo, remoto, indiferente, mas veio como homem. A suprema instância da misericórdia é a vinda de Deus aos homens em Jesus Cristo. Somente os que demonstram esta misericórdia receberão esta misericórdia. Ocorre assim com o homem, porque uma das grandes verdades da vida é que em outros homens sempre vemos o reflexo do que nós mesmos somos. Se formos distantes, e não manifestarmos interesse algum neles, eles agirão do mesmo modo. Se virem que nos interessamos neles, eles se interessarão em nós. E o mesmo vale, de maneira suprema, com Deus, porque aquele que é capaz de agir segundo sua misericórdia obteve nada menos que ser como Deus. De maneira que a tradução da quinta bem-aventurança poderia ser:

Quão feliz é o homem capaz de entrar em outros e sentir como eles, ver com seus olhos, pensar seus pensamentos, porque quem pode identificar-se deste modo com os outros verá que os outros farão o mesmo com ele e saberá que isso mesmo é o que Deus fez por ele em Jesus Cristo!





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