Ressurreição de cristo
A. a ressurreição
1.
Evidências do Novo Testamento.
Os evangelhos contêm
testemunho abundante da ressurreição de Cristo (veja Mt 28.1-20; Marcos 16.1-8;
Lucas 24.1-53; João 20.1-21.25). Além dessas narrativas detalhadas nos quatro
evangelhos, o livro de Atos é um relato histórico da proclamação que os
apóstolos fizeram da ressurreição de Cristo, da contínua oração a ele dirigida
e da confiança nele como aquele que está vivo e reinando no céu.
2. A
natureza da ressurreição de Cristo.
A ressurreição de
Cristo não foi simples-mente um retorno da morte, à semelhança daquela
experimentada por outros antes dele, como Lázaro (João 11.1-44), porque senão
Jesus teria se submetido à fraqueza e ao envelhecimento, e por fim teria
morrido outra vez, exatamente como todos os outros seres humanos morrem.
3. O Pai e
o Filho participaram na ressurreição.
Alguns textos afirmam
especificamente que Deus Pai ressuscitou Cristo dentre os mortos (Atos 2.24; Rm
6.4; 1Co 6.14; Gl 1.1; Ef 1.20), mas outros textos falam de Jesus participando
na sua própria ressurreição. Jesus diz: “Por isso é que meu Pai me ama, porque
eu dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por
minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la.
4. O
significado doutrinário da ressurreição
a. A ressurreição de
Cristo assegura nossa regeneração. Pedro diz que Deus “nos regenerou para
uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”
(1Pe 1.3). Aqui ele associa explicitamente a ressurreição de Jesus com a nossa
própria regeneração ou novo nascimento.
b. A ressurreição de
Cristo assegura nossa justificação. Em apenas uma passagem Paulo associa
explicitamente a ressurreição de Cristo com a nossa justificação (ou o nosso
recebimento da declaração de que não somos culpados, mas retos diante de Deus). Paulo diz que Jesus “foi entregue por causa
das nossas transgressões e ressuscitou
por causa da nossa justificação” (Rm 4.25).
c. A ressurreição de
Cristo assegura-nos de que iremos receber igualmente corpos ressurretos
perfeitos. O Novo Testamento associa várias vezes a ressurreição de Jesus
com nossa ressurreição corpórea final. “Deus ressuscitou o Senhor e também nos
ressuscitará a nós pelo seu poder” (1Co 6.14). Semelhantemente, “aquele que
ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará
convosco” (2Co 4.14). Mas a discussão mais completa da associação entre a
ressurreição de Cristo e a nossa própria acha-se em 1Coríntios 15.12-58. Ali
Paulo afirma que Cristo é “as primícias” dos que dormem (1Co 15.20).
5. O sentido ético
da ressurreição. Paulo também observa que a ressurreição tem uma aplicação
relacionada à obediência a Deus nesta vida. Após uma longa discussão a respeito
da ressurreição, Paulo conclui encorajando seus leitores: “Portanto, meus
amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor,
sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1Co 15.58).
Fonte: Teologia Sistemática Wany Grudem
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