domingo, 19 de outubro de 2014

Tema:

Jesus amigo dos pecadores!!! (Lc. 15.1-24)

Jesus amigo dos pecadores



1) A Atitude dos Líderes (15:1,2)

1 Ora, chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores, para o ouvir.
2 E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.

A inclusão das pessoas rejeitadas de Israel no reino de Deus é tomada concretamente visível quando Jesus as recebe na comunhão à mesa. O fato de ele aceitar essas pessoas não significa menos do que a extensão até eles da graça perdoadora de Deus. O fato de elas comerem com ele é a nova comunhão estabelecida entre elas sob o reinado de Deus. Na sua associação com o povo que estava além das fronteiras da respeitabilidade, Jesus estava insultando todas as convenções. Ele estava ameaçando os piedosos de tal forma, porque ele, que indubitavelmente, não era um pecador e que devia associar-se com pessoas “boas”, simplesmente ignorava as fronteiras estabelecidas pelas convenções religiosas e sociais.

A alegre comunhão entre Jesus e os publicanos e pecadores suscitou o desagrado e a indignação dos fariseus e escribas. A justificativa deles para esta atitude era de que Jesus estava se contaminando com a amizade com os transgressores da Lei.

As três parábolas que se seguem falam a respeito da atitude expressa pelos líderes religiosos. Os versículos 1 e 2 devem ser considerados como introdução a cada parábola, especialmente a última, em que os dois filhos representam dois grupos; os justos e os pecadores.

A parábola da dracma perdida e do filho perdido se encontram apenas em Lucas. Mateus tem a parábola da ovelha perdida (Mat. 18:12-14). Ali, contudo, ela é dirigida aos discípulos, e ensina uma lição diferente: a responsabilidade deles para com os “pequeninos”, isto é, os membros mais fracos e mais humildes da comunidade. A parábola de Lucas vem do seu material especial, provavelmente formando um par com a parábola da dracma perdida, antes de Lucas a usar.

2) A Ovelha Perdida (15:3-7)

3 Então ele lhes propôs esta parábola: 
4 Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, e não vai após a perdida até que a encontre? 
5 E, achando-a, põem-na sobre os ombros, cheio de júbilo;
6 e chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido. 
7 Digo-vos que assim haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.

Qualquer pessoa que tenha perdido alguma coisa que lhe seja preciosa faz um esforço para recuperá-la. O fato de que ainda tem noventa e nove ovelhas não compensa o sentido de perda e de preocupação por parte do proprietário, quando ele descobre que uma está faltando. Até que limites vai ele para recuperar a ovelha perdida? Jesus diz que ele não pára de procurar até que a encontre. Todos podem sentir o súbito alívio e a alegria que substituem a preocupação quando por fim ele encontra a ovelha.
Ele a lança sobre os ombros, a fim de apressar a volta para casa, levando-a. Chegando ali, ele chama os seus conhecidos para participarem de sua alegria.

A pressuposição destas parábolas é que a aceitação da comunhão com Jesus, pelo pecador, é o arrependimento, e que a aceitação do pecador, por Jesus, é o perdão. A vida de Jesus é a busca de Deus pela sua ovelha perdida. Quando uma delas é achada, há regozijo no céu, que é uma circunlocução do nome de Deus.

Os que se opunham a Jesus se regozijavam com a recuperação de um animal perdido, mas ficavam cheios de consternação quando se desejava recuperar um homem. Eles se demonstravam duros e ressentidos a respeito daquilo que torna Deus alegre! Jesus dá um duro golpe em seu orgulho. Eles estavam convencidos de que eram mais importantes aos olhos de Deus do que aqueles desprezados publicanos e pecadores. Mas Jesus declara que a recuperação de uma dessas pessoas perdidas propicia mais alegria a Deus do que noventa e nove pessoas como eles. Será justos uma expressão irônica, significando realmente aqueles que a si mesmos se chamam de justos? Ê mais apropriado para designar pessoas que viviam mediante os padrões da piedade ortodoxa judia do que para designar os que são retos diante de Deus. Jesus não tinha críticas para os elevados padrões que governavam a moralidade pessoal dos fariseus. E também não fechava os olhos para o mal que existia nas outras pessoas. Ele não tinha “predileção pela imoralidade”.

O problema dos fariseus não era a sua imoralidade, mas a sua atitude para com os seus semelhantes. Da mesma forma como muitas pessoas boas e religiosas, eles eram duros, julgadores e não per- doadores. O desprezo que demonstravam por pessoas que não satisfaziam os padrões que estabeleciam era uma faceta importante da sua falta de humildade diante de Deus. Eles deixavam de reconhecer que também necessitavam da graça. E, não sendo receptores da graça, eles não tinham graça para dar.

Portanto, não é o pecado do pecador que causa regozijo, mas o seu arrependimento. Não é a justiça do fariseu que o exclui da grata comunhão do reino, mas a sua atitude para com os outros homens.

3) A Dracma Perdida (15.8-10)

8 Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma dracma, não acende a candeia, e não varre a casa, buscando com diligência até encontrá-la? 
9 E, achando-a, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu havia perdido. 
10 Assim digo-vos, há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende.

Uma dracma valia apenas cerca de cinqüenta cruzeiros (valor aproximado em 1982). Algumas pessoas dificilmente sentiriam falta de uma moeda dessas, e gastariam pouco tempo procurando-a, se a perdessem. Porém duas coisas precisam ser entendidas, a fim de apreciarmos a angústia dessa mulher. Dez dracmas era tudo o que tinha — toda a sua riqueza. Além disso, embora uma dracma não valesse muito, segundo os padrões modernos, ela era o salário de um trabalhador durante todo um dia de árduo labor.

A persistência da mulher é enfatizada. Visto que a sua pequena cabana era mal iluminada mesmo durante o dia, foi necessário acender a candeia, a fim de achar a moeda. Varrendo o chão de terra batida, ela eventualmente a traria à luz. Outras pessoas foram chamadas para participarem de sua alegria. Elas sabiam o que é ser pobre — o quanto dói perder uma preciosa dracma — e que sentimento de alívio e alegria se tem ao achá-la de novo.

Aquele que se alegra diante das hostes celestiais é o próprio Deus. Se a recuperação de um pecador produz alegreia, como não deve ser maior a exultação de Deus a respeito do grande grupo que entrou na comunhão da qual Jesus é o centro! Esta parábola, na verdade, é um convite, um convite para que os críticos líderes religiosos compartilhem de uma celebração jubilosa, celestial! Em outras palavras, é um convite para que eles também se arrependam.

4) O Filho Pródigo (15:11-32)

a. O Pai do Pródigo (15:11-24)

11 Disse-lhes mais: Certo homem tinha dois filhos. 
12 O mais moço deles disse ao j
pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me toca. Repartiu-lhes, pois, os seus haveres. 
13 Poucos dias depois, o filho mais moço, ajuntando tudo, partiu para um país distante, e ali desperdiçou os seus tiens, vivendo dissolutamente. 
14 E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a passar necessidades.
15 Então foi encostar-se a um dos cidadãos daquele país, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. 
16 E desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam; e ninguém lhe dava nada. 
17 Caindo, porém, em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! 
18 Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados.
20 Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lan- çou-se-Ihe ao pescoço e o beijou. 
21 Disse-lhe o filho: Pai, pequei contra o céu e diante dé ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. 
22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lha; e ponde-lhe um anel no dedo e alparcas nos pés; 
23 trazei também o bezerro cevado e matai-o; comanos e regozijemo-nos, 
24 porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido» e foi achado. E começaram a regozijar-se.

A terceira parábola desta série representa, ainda mais vividamente do que as duas anteriores, as dinâmicas de uma situação da qual todas as três falam.
O problema todo é de relacionamentos — o relacionamento de um pai para com dois filhos, dos filhos para com o pai, e dos filhos um para com o outro. Os dois filhos representam “o pecador e o fariseu”, nenhum dos quais é repudiado por um Deus cujo amor de pai é suficientemente amplo para incluir ambos e que é expressado por um interesse incessante e atencioso para com os dois. A história mostra que o amor do homem é estreito, míope, contingente, egoísta. Por outro lado, o amor de Deus é ilimitado, profundo, reconciliador, sem reservas. Cada iim deles, tanto o fariseu como o pecador, pecou contra esse amor à sua própria maneira.

Os dois filhos são decisivamente diferentes; mas eles têm uma coisa em comum, que deve transcender todas as tendências divisórias. Eles têm o mesmo pai. Um dos filhos, o mais novo, é típico do adolescente rebelde, levado pelo desejo de escapar às contingências familiares, a fim de ser “homem”. Precisamos reconhecer que a história flui em dois níveis. Embora um jovem deva estabelecer a sua própria identidade e independência, como adulto amadurecido e responsável, nenhuma pessoa jamais se torna tão amadurecida que possa declarar a sua independência de Deus.

O costume da época era que a propriedade fosse dividida entre os filhos depois da morte do pai, de acordo com o seu testamento. A propriedade, porém, podia ser passada para o nome dos filhos, como presente, durante a vida do pai. Depois, mais tarde, eles não poderiam reclamar mais nada das possessões da família. Geralmente, os lucros ou proventos da propriedade adquirida desta forma começavam a ir para as mãos do beneficiário só depois da morte do pai. Todavia, nesse caso, o filho adquire o direito de trocar a sua propriedade imediatamente por valores negociáveis.

A ordem para honrar os pais era entendida concretamente como responsabilidade de cuidar deles na velhice. Mas esse rapaz cortou as relações com a seu pai, e viajou para um país distante, isto é, para fora da Palestina, para um país gentílico. O pecado desse filho não foi ter pedido a sua parte da propriedade. Foi, isto sim, que ele se excluiu do amor do seu pai, e negou-lhe os seus direitos legítimos (Ef. 6:1). Ao fazê-lo, ele também negou a sua própria condição de filho. Esta era a condição dos pecadores, que Jesus havia chamado ao arrependimento. Eles se haviam esquecido de quem eram. Esta é uma condição de que todos os homens participam, os que, em sua paixão pelos prazeres exóticos de algum país distante ou em sua vontade própria obstinada, tomam o controle de suas vidas em suas próprias mãos.

Visto que ele não tinha mais acesso à riqueza de seu pai, o jovem estava limitado ao que possuía em mãos. Essa quantia foi rapidamente esbanjada. Alienado de seu pai, e visitado pelas conseqüências de suas próprias opções, o filho mais novo descobriu que era vítima de sua obstinação e que se enganara a si mesmo. Saíra de casa pensando que iria descobrir o significado e a plenitude da vida na companhia alegre de novos amigos. Pelo contrário, ele agora se encontrava necessitado e abandonado. Ele deixara em casa a única pessoa que realmente o amava.

Os problemas financeiros pessoais do pródigo são complicados pelas condições econômicas da região em que se encontrava assolada pela fome justamente quando ele acabava de gastar tudo o que tinha. O seu destino alcançou maré tão baixa que ele, um judeu, foi forçado a aceitar o tipo mais repugnante de emprego. A atitude dos judeus para com os porcos era governada pela lei que diz: “Da sua carne não comereis, nem tocareis nos seus cadáveres; esses vos serão imundos” (Lev. 11:8). A sua fome era tão grande que ele estava pronto a comer as vagens da alfarrobeira, que era comida apenas pelos muito pobres, ou usadas para alimentar animais domésticos.

Agora se levanta uma diferença decisiva entre esta parábola e as duas precedentes, que falavam a respeito da perda e recuperação de coisas e animais. O foco não está mais apenas na busca e na preocupação da pessoa que havia perdido algo. Visto que aquilo que se perdeu é uma pessoa, ela não pode ser encontrada enquanto não desejar ser encontrada. Era necessário que o filho caísse em si — emergisse do mundo irreal de sonho e ilusão, para o qual ele havia fugido, a fim de se ver e à sua situação sob a verdadeira luz. Agora ele compreendeu do que havia desistido quando com efeito havia renunciado à sua filiação. Até as pessoas que trabalhavam em troca de salário na casa de seu pai tinham mais do que o suficiente para comer. Ele também percebeu como fora ímpio o orgulho e quão egoísta a motivação que o haviam levado a dar as costas ao seu pai.

Assim, ele toma a decisão de voltar. Ele ainda usa o título pai, embora reconheça que perdera todo o direito de ser considerado filho. Ele retornará e confessará o seu pecado. Contra o céu significa contra Deus. Um pecado contra o pai era também um pecado contra Deus, pois um dos mandamentos mais sérios recomendava honrar os pais. Tendo perdido todos os direitos, ele voltaria a seu pai simplesmente como um homem faminto, pedindo trabalho. Ele preferia viver na casa de seu pai como empregado a viver em qualquer outra parte com recursos próprios. Assim, levanta-se e começa a difícil jornada de volta ao lar. O arrependimento é uma mudança de direção exatamente assim. É uma mudança de direção deixando a obstinação e o comodismo; é voltar-se para Deus em alegre submissão ao seu domínio de amor.

A espécie de recepção que um filho pródigo pode esperar, ao voltar, sempre depende da espécie de pai que ele tem. O pai da história simplesmente está esperando que o filho volte. Ele espera naquela agonia peculiar, conhecida apenas pelos pais que amam os seus filhos perdidos. É uma agonia formada de esesperança e temor. Cada dia traz uma nova esperança da volta do filho; cada momento está cheio do medo terrível de que o filho possa destruir-se no país distante. O rapaz nem precisou completar a jornada até o lar. De longe o pai o viu. Os vizinhos devem ter visto os farrapos, a sujeira, os pés descalços. Eles o teriam classificado como apenas outro bêbado, ou vagabundo, ou “hippie”, ou seja de que categoria for. Uma tendência humana comum é deixar de ver as pessoas como pessoas. Mas o pai viu que era o seu filho!

O pai não faz ao seu filho uma recepção relutante, rancorosa, reservada. Exatamente o oposto! Ele correu para abraçar e beijar o seu filho. Este começa o seu pequeno discurso decorado, mas o pai o interrompe. Não está interessado em discursos. Da mesma forma, nem orgulho ferido nem recriminações ressentidas fazem parte da história. Aqui temos um vislumbre do que significa, para Deus, perdoar uma pessoa. Deus pede apenas uma oportunidade para esbanjar o seu amor para com os seus filhos transviados. Tudo o que eles têm a fazer é começar a jornada de volta ao Pai, para receber o seu perdão incomensurável e sem reservas. Os farrapos devem ser jogados fora. Um vestido limpo, novo — o melhor — deve ser dado para o filho vestir. Ele é recebido como o pai receberia um honrado hóspede que chegasse cansado e empoeirado depois de uma longa viagem. Um anel, símbolo da filiação, deve ser colocado em seu dedo. Ele chega descalço como um escravo, mas essa situação deve ser mudada. Alparcas são pedidas para os seus pés. O bezerro que está sendo cevado, engordado, reservado para uma ocasião que demande uma festa, agora precisa ser morto. Uma alegre celebração deve terminar aquele dia alegre e memorável. Mediante tudo isto, concluímos que a filiação não se baseia no valor do pródigo, mas no amor do pai. Aqueles que se ressentiam da recepção que Jesus dispensava a publicanos e pecadores sabiam muita coisa a respeito da depravação humana, mas nada conheciam do amor divino.

Morto é paralelo de perdido; e reviveu de foi achado. Alguém muito amado levantou-se do túmulo, ressuscitou dentre os mortos. Algo infinitamente precioso foi achado. É um dia de celebração, e não de cara comprida.

Fonte: Comentário Bíblico Broadman

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