Concernente aos Estranhos (Lc. 9:49,50)
30 Respondeu-lhe Jesus: Não lho proibais; porque quem não é contra vós é por vós.
Lucas apresenta uma pequena, mas significativa modificação na narrativa de Marcos, que faz com que o ponto de contenda seja vívido.
Os discípulos dizem que o exorcista anônimo não estava seguindo com eles (cf. Mar. 9:38).
Isto quer dizer que ele estava seguindo Jesus, mas não como parte do grupo deles.
Expulsando demônios em nome de Jesus, ele estava exercendo as prerrogativas do discipulado sem ter o que eles consideravam credenciais válidas.
A questão da validade de formas e funções tem preocupado a comunidade cristã desde os seus primeiros dias.
O número de membros de um certo grupo é a prova de sua autenticidade?
Uma teoria de sucessão apostólica ou alguma variação dela é fundamento adequado para determinar a validade do ministério de um discípulo?
Jesus ensina que a prova da validade não é o cumprimento de alguns requisitos formais estabelecidos pelo grupo.
A realidade do relacionamento da pessoa com Jesus é expressa na qualidade de sua vida e de seus atos, especialmente no cumprimento do papel de servo.
O homem a quem os discípulos haviam repreendido estava ministrando a vidas necessitadas, em nome de Jesus.
Em um versículo, omitido por Lucas, Marcos sublinha a ênfase de Jesus no papel de servo como a característica determinante do discípulo (Mar. 9:41).
O princípio de Jesus está contido nas palavras quem não é contra vós é por vós (cf. Fil. 1:15-18).
Através dos séculos, alguns grupos cristãos têm invertido esta máxima, para dizer: “Quem não está seguindo conosco é contra nós.”
Comentário Bíblico Broadman
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