quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Tema:

Várias Reações Para com Jesus (Mt.11:2-30)

 Várias Reações Para com Jesus ( Mt.11:2-30)

Sem forçar o material, o leitor facilmente vê, nesta seção, pelo menos cinco reações para com Jesus:
1) A cautelosa aproximação de João (v. 2-11),
2) Os esforços para fazer o reino de Deus servir aos alvos humanos (v. 12-15),
3) O desagrado infantil com todas as opções (v. 16-19),
4) O flagrante desinteresse ou rejeição do evangelho (v. 20-24) e a
5) Confiança de cunho infantil (v. 25-30).

1. Incerteza e Confusão (11:2-6)

2 Ora, quando João no cárcere ouviu falar das obras do Cristo, mandou, pelos seus discípulos, perguntar-lhe:
3 És tu aquele que havia de vir, ou havemos de esperar outro?
4 Respondeu-lhes Jesus : Ide contar a João a s coisas que ouvis e vedes:
5 os cegos veem , e os coxos andam ; os leprosos são purificados, e os surdos ouvem ; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.
6 E bem-aventurado é aquele que não se escandalizar de mim .

A incerteza de João acerca de Jesus germinou devido à espécie de ministério que Jesus estava realizando. João havia proclamado a vinda do reino dos céus, e havia visto a sua vinda em termos de juízo, simbolizado por machado, e fogo (3:2, 10-12). Ele aparentemente esperava que o Cristo agisse dramaticamente, destruindo os ímpios e vingando os justos. Exteriormente, os sinais de tal vitória não eram aparentes, pois ele estava na prisão, enquanto Herodes Antipas e Herodias estavam vivendo em luxo e poder (14:1-12).

Os zelotes claramente esperavam um messias de tipo militar, e João parece ter esperado pelo menos um homem mais militante do que os atos dê Jesus pareciam expressar. Aparentemente, ele esperava que o Messias se envolvesse mais direta e exteriormente com o mundo ao seu redor. Pode ter-lhe parecido que Jesus estava assumindo um papel humilde demais. Foi exatamente neste ponto que Pedro e outros tropeçaram (cf. 16:21-23; João 13:8).


O versículo 6 é decisivo. Esta é uma outra “beatitude”, e a bem-aventurança pertence aos que não se escandalizam com Jesus devido à natureza do seu ministério. Escandalizar traduz uma forma verbal edificada sobre a palavra grega skandalon, usada, em primeiro lugar, para designar a isca de uma armadilha, e, posteriormente, como metáfora para tudo o que faz uma pessoa tropeçar ou errar e cair. Jesus declara bem-aventurados os que não tropeçam sobre o fato de o seu ministério ser o de servo, em vez do de um “conquistador” material. Paulo chamou isto de “escândalo (pedra de tropeço) da cruz” (I Cor. 1:22-25). Até os apóstolos tropeçaram acerca do papel que Jesus declarou que viera executar (16:21-23).


2. Os esforços para fazer o reino de Deus servir aos alvos humanos (v. 12-15)

(Distorção e Violência) 

v.12.  E desde os dias de João, o Batista, até agora, o reino dos céus é tomado a força, e os violentos o tomam de assalto .

Tomado à força (biazetai) descreve o reino como sendo assaltado. Tomam de assalto (harpazousin) pode ser o que gramaticalmente é conhecido como “conativo”. Se assim é, ele descreve esforço ou intenção, mas não necessariamente realização. A força conativa de um verbo não é determinada por sua forma, mas sugerida pelo contexto.

Os violentos seriam os zelotes e todos os ativistas que pensavam no reino de Deus em termos políticos, e no papel do Messias realizando inclusive a derrota do domínio romano, mediante a força militar.
Os “extremistas”, através de revolta armada, procuravam precipitar a vinda messiânica e estabelecer o reino de Deus.
Os “moderados” se contentavam em esperar que Deus tomasse a iniciativa. Ambos os grupos esperavam um reino que tomaria forma dentro de uma estrutura política. Jesus rejeitou positiva e repetidamente assumir este papel.

3. Desprazer Infantil (11:16-19)

16 Mas, a quem com pararei esta geração? É semelhante aos meninos que, sentados nas praças, clamam aos seu s companheiros:
17 Tocamos-vos flauta, e não dançastes; cantamos lamentações, e não pranteastes.
18 Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem : Tem demônio.
19 Veio o Filho do homem, com endo e bebendo,e dizem : Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores. Entretanto, a sabedoria é justificada pelas suas obras.


Jesus comparou a sua geração a crianças desagradáveis, que sempre acham defeitos nos outros. Geralmente esta analogia é compreendida como referindo-se a crianças que acham ruim qualquer brincadeira proposta. Não querem brincar nem de casamento nem de funeral. Não querem nem dançar nem lamentar.



4. Rejeição Voluntária (11:20-24)

30 Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operara maior parte dos seus milagres, o não se haverem arrependido, dizendo:
21 Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se operaram , há muito elas se teriam arrependido em cilício e em cinza.
22 Contudo, eu vos digo que para Tiro e Sidom haverá menos rigor, no dia do juízo, do que para vós.
23 E tu, C afarnaum , porventura serás elevada até o céu? até o hades descerás; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se operaram , teria ela permanecido até hoje.
24 Contudo, eu vos digo que no dia do juízo haverá menos rigor para a terra de Sodoma do que para ti.

A principal lição desta unidade é que a severidade do juízo é determinada pela extensão do privilégio concedido. Quanto maior o privilégio, maior a responsabilidade. Não é um simples jogo de palavras dizer que a responsabilidade é medida pela capacidade de reagir. A pessoa ou cidade é responsabilizada por nem mais nem menos do que o que está dentro da sua oportunidade e competência. As cidades em que tantos dos seus milagres haviam sido operados foram condenadas por não se haverem arrependido (quanto a arrependimento, veja 3:2).

O fato mais sério acerca do pecado é que ele é como uma doença; ele traz consigo os germes da própria destruição. É claramente ensinado que Deus julga o pecador, mas a Escritura também ensina que o pecado, por si mesmo, acarreta ruína. A seriedade do pecado, como uma doença maligna, não é devida ao fato de ser descoberta, mas ao fato de estar ali.

Pode ser observado que a reação moral do arrependimento, não meramente a curiosidade ou busca de ganhos temporais, é a reação apropriada aos milagres de Jesus.

5. Confiança Infantil (11:25-30)

25 Naquele tempo falou Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelastes aos pequeninos.
26 Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.
27 Todas as coisas me foram entregues por meu Pa ; e ninguém conhece plenamente o Filho senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
28 Vinde a mim , todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
39 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim  que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. 
30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.


Este parágrafo é insuperável em respeito à natureza e significado da revelação.                                      O conhecimento de Deus não é realização dos sábios e entendidos. É o presente de Deus aos pequeninos.
Paulo, de forma similar, escreveu que, segundo a sabedoria de Deus, não é através da sabedoria, mas através da fé que conhecemos a Deus, desvendada especialmente pela cruz (ICor. 1:21).


Os pequeninos são os humildes e receptivos. O homem não descobre Deus, mas é Deus que se revela aos que nele confiam.

Jesus veio para nos capacitar a conhecer a Deus como Pai. “Conhecer” da forma como é usado aqui, não é ter conhecimento intelectual. Se fosse este o caso, os eruditos teriam vantagens. “Conhecer” Deus é encontrá-lo em confiança e amor. É conhecê-lo como uma pessoa é conhecida.
A singularidade e a solidão de Jesus no mundo são refletidas na declaração de que apenas o Pai conhece plenamente o Filho. Nem mesmo João o conhecia adequadamente. Jesus repetidamente era mal entendido pelos que o rodeavam. Só o Pai verdadeiramente o conhece.

A doutrina bíblica da eleição diz que Deus toma a iniciativa na revelação e na redenção. Deus vem ao homem; o homem não abre caminho para Deus. Deus se revela ao homem; o homem não descobre Deus.

O versículo 28 torna claro que ninguém é excluído arbitrariamente da salvação.
O gracioso convite de Jesus é feito para todos os que estais cansados e oprimidos.
Jesus oferece um jugo tanto quanto um descanso.

Jesus oferece um jugo que é suave, e um fardo que é leve. Isto demonstra o profundo paradoxo que permeia o Evangelho de Mateus. A salvação é dádiva e exigência.

É evangelho e lei. Deus dá tudo e exige tudo.


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