domingo, 7 de setembro de 2014

Tema:

Curiosidade ("Jorge Curioso") Por Charles Swindoll

Curiosidade



"Jorge Curioso" é um macaco. Trata-se do personagem prin­cipal, de uma série de livros infantis de que meu filho mais velho gostava demais, quando garoto. Sentávamos durante ho­ras, quando meu filho era pequeno, e ríamos às bandeiras despregadas com as artes aprontadas pelo Jorginho, simplesmente porque sua curiosidade o impelia continuamente.

As histórias seguiam sempre o mesmo padrão básico. Uma vez ou outra Jorge despencava em área nova, que sua natureza curiosa o levava a investigar. O primeiro passo não era errado, nem danoso, apenas um tanto questionável. Invariavelmente, Jorge não ficava satisfeito com seus encontros e descobertas iniciais, mas ficava investigando e pesquisando mais, e mais... espiava mais ao fundo... mais adiante... até que a novidade da situação assumia nova dimensão, a do perigo.

No fim, não acontecia outra coisa senão a tragédia — e quem sofria mais era nosso querido amigo de cauda comprida, o primata curioso de nome Jorge.

A curiosidade — num certo sentido sinal de mente sadia, às vezes engenhosa... é a centelha que conduz pesquisadores famintos ao labirinto da verdade, recusando-se a paralisar a busca, indo ao exame total, completo.

Curiosidade é aquele portão gasto pelo tempo, que gira sobre rolamentos chamados determinação e disciplina, e que se abre para o êxtase da descoberta, mediante a agonia da busca im­placável.

Curiosidade é o mestre embutido na mente, que instanta­neamente desafia o "status quo" ... que transforma um menor transviado num Churchill, uma muda-surda-cega numa Hellen Keller, e um menino de fazenda num Walt Disney.

Curiosidade é a qualidade mais freqüentemente esmagada nas crianças, por adultos imprudentes, apressados, que con­sideram as perguntas como "interrupções", em vez do desejo veemente de arrancar as rodas mentais da criança do atoleiro rotineiro do caminho bem conhecido.

Mas, que papel enganoso a curiosidade pode vir a desem­penhar!

Remova-se o cinto de segurança dos parâmetros bíblicos, e a curiosidade lançará nosso veículo do aprendizado numa violenta colisão, num desastre horroroso. Essa qualidade tem um jeito todo seu de levar-nos a intrometer-nos na vida alheia, visto que a curiosidade é, por natureza, uma intrusa. Ela consegue vestir-se erroneamente, usando as mais belas roupas que o ser humano conhece. Consegue esconder as mais nocivas conseqüências do adultério sob o disfarce enganador da excitação, da música suave, do abraço caloroso. Consegue mascarar as dores morais do abuso de drogas e do alcoolismo, travestindo esses vícios com uma calça Levis e o suéter de um garboso e simpático timoneiro de lancha, cheio de aventuras.

A curiosidade é a mercadoria mais importante de que se precisa para manter o mundo do ocultismo sempre ativo e eficaz. Basta a curiosidade para engalanar de triunfo os filmes que se dedicam à exploração da violência sádica, e dos en­contros demoníacos. Se removermos a curiosidade do coração, o filme O Exorcista vira anedota sem graça... e até mesmo a Igreja de Satanás torna-se objeto de riso e deboche.

No entanto, a curiosidade não pode ser eliminada! A curio­sidade faz parte de sua natureza humana, da mesma maneira que seu cotovelo faz parte do seu braço. O inimigo conhece esse fato, e usa-o contra você. Ele é mestre na arte negra do subterfúgio; em outras palavras, sabe armar uma arapuca em que a sua curio­sidade o leva o cair prisioneiro. Lembre-se de que vem armando tais arapucas há muito mais tempo do que você e eu vimos evitando-as. Se o diabo sabe disfarçar o anzol como a isca ade­quada— designada para simplesmente despertar sua curiosidade — a tragédia é apenas uma questão de tempo.


Tiago viu o problema com clareza e disseca-o de modo di­reto:

"Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus. Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele a ninguém tenta. Mas cada um é tentado quando atraído e engodado por sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, sendo consumado, gera a morte." (Tiago 1:13-15)

É claro que não precisamos tornar-nos vítimas de nossa tola curiosidade. Está à nossa disposição um poder fantástico, ma­ravilhoso, para orientar-nos ao longo do labirinto do diabo, cheio de armadilhas, artimanhas e minas escondidas. 

O Senhor Jesus já palmilhou a estrada em que caminhamos agora — e sabe como guiar-nos ao longo do caminho, sem perigo algum.

Ao caminharmos ao lado do Senhor, podemos livrar-nos dos macaquinhos no sótão... mas o nome deles desta vez não é Jorge. 

Texto extraído do livro, A Busca do Caráter, de Charles Swindoll



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