sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Tema:

"A dor de Deus" - A cruz de Cristo é a prova do amor solidário de Deus



Há boa evidência bíblica de que Deus não apenas sofreu em Cristo, mas que também ele em Cristo ainda sofre com o seu povo. Não está escrito a respeito de Deus, que durante os primeiros dias do amargo cativeiro de Israel no Egito, ele não apenas viu a sua miséria, e ouviu o seu gemido, mas também "em toda a angústia deles foi ele angus­tiado"? Não perguntou Jesus a Saulo de Tarso por que o perseguia, revelando assim solidariedade com a sua igreja? É maravilhoso que possamos partilhar dos sofrimentos de Cristo; é mais maravilhoso ainda que ele partilhe dos nossos. 

Verdadeiramente seu nome é  "Ema­nuel", "Deus conosco". Mas sua "compaixão" não se limita ao so­frimento com o povo da aliança. Não disse Jesus que, ao ministrarmos aos famintos e aos sedentos, aos estrangeiros, aos nus, aos enfermos e aos presos, estaríamos ministrando a ele, indicando que ele se iden­tificava com todas as pessoas necessitadas e sofredoras?

Eu mesmo jamais poderia crer em Deus, se não fosse pela cruz. O único Deus em que creio é o que Nietzsche ridicularizou como o "Deus da cruz". No mundo real da dor, como se pode adorar um Deus que seja imune a ela? Já entrei em muitos templos budistas em diferentes países da Ásia e parei respeitosamente ante a estátua de Buda, as pernas e os braços cruzados, os olhos fechados, o fantasma de um sorriso a brincar em torno dos lábios, um olhar distante, isolado das agonias do mundo. Mas cada vez, depois de algum tempo, tive de me virar. E, na imaginação, voltei-me para aquela figura solitária, retorcida e torturada na cruz, os cravos atravessando as mãos e os pés, as costas laceradas, os membros deslocados, a fronte sangrando por causa dos espinhos, a boca intoleravelmente sedenta, lançada nas trevas do abandono de Deus. É esse o Deus para mim! Ele deixou de lado a sua imunidade à dor. Ele entrou em nosso mundo de carne e sangue, lágrimas e morte. Ele sofreu por nós. Nossos sofrimentos tornam-se mais manejáveis à luz dos seus. Ainda há um ponto de interrogação contra o sofrimento humano, mas em cima dele podemos estampar outra marca, a cruz, que simboliza o sofrimento divino. "A cruz de Cristo. . . é a única autojustificação de Deus em um mundo como o nosso."


A pequena peça de teatro intitulada "O Longo Silêncio", diz tudo:

"O Longo Silêncio"

No fim dos tempos, bilhões de pessoas estavam espalhadas numa grande planície perante o trono de Deus.

A maioria fugia da luz brilhante que se lhes apresentava pela frente. Mas alguns grupos falavam animadamente — não com vergonha abjeta, mas com beligerância.

"Pode Deus julgar-nos? Como pode ele saber acerca do sofrimento?" perguntou uma impertinente jovem de ca­belos negros. Ela rasgou a manga da blusa e mostrou um número que lhe fora tatuado num acampamento de con­centração nazista. "Nós suportamos terror. . . espanca­mentos. . . tortura. . . morte!"

Em outro grupo um rapaz negro abaixou o colarinho. "E que dizer disto?" exigiu ele, mostrando uma horrível quei­madura de corda. "Linchado. . . pelo único crime de ser preto!"

Em outra multidão, uma colegial grávida, de olhos mal­criados. "Por que devo sofrer?", murmurou ela. "Não foi culpa minha."

Por toda a planície havia centenas de grupos como esses. Cada um deles tinha uma reclamação contra Deus por causa do mal e do sofrimento que ele havia permitido no seu mundo. Quão feliz era Deus por viver no céu onde tudo era doçura e luz, onde não havia choro nem medo, nem fome nem ódio. O que sabia Deus acerca de tudo o que o homem fora forçado a suportar neste mundo? Pois Deus leva uma vida muito protegida, diziam.

De modo que cada um desses grupos enviou o seu líder, escolhido por ter sido o que mais sofreu. Um judeu, um negro, uma pessoa de Hiroshirna, um artrítico horrivel­mente deformado, uma criança talidomídica. No centro da planície tomaram conselho uns com os outros. Finalmente estavam prontos para apresentar o seu caso.

Antes que pudesse qualificar-se para ser juiz deles, Deus deve suportar o que suportaram. A decisão deles foi que Deus devia ser sentenciado a viver na terra   -como ho­mem!

"Que ele nasça judeu. Que haja dúvida acerca da legi­timidade de seu nascimento. Dê-se-lhe um trabalho tão difícil que, ao tentar realizá-lo, até mesmo a sua família pensará que ele está louco. Que ele seja traído por seus amigos mais íntimos. Que ele enfrente acusações falsas, seja julgado por um júri preconceituoso, e condenado por um juiz covarde. Que ele seja torturado.

"Finalmente, que ele conheça o terrível sentimento de estar sozinho. Então que ele morra. Que ele morra de tal forma que não haja dúvida de que morreu. Que haja uma grande multidão de testemunhas que o comprove."

E quando o último acabou de pronunciar a sentença, houve um longo silêncio. Ninguém proferiu palavras. Nin­guém se moveu. Pois, de súbito, todos sabiam que Deus já havia cumprido a sua sentença.


Verdadeiramente Cristo é o único Deus que pode entender o sofrimento humano sendo solidário para com todo e qualque sofredor , e mais do que isso, só ele pode oferecer alivio, socorro solução para nossas angustias, pois ele VIVEU ENTRE NÓS, JÁ FEZ A VIAGEM DA EXISTENCIA TERRENA E PODE NOS CONDUZIR, PELO MELHOR CAMINHO, ELE PRÓPRIO.

Trecho do livro : A Cruz de Cristo, John R. W. Sttot


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