segunda-feira, 2 de junho de 2014

Tema:

A DISCIPLINA DIVINA Hebreus 12:5-11

A DISCIPLINA DIVINA Hebreus 12:5-11

Aqui o autor expõe ainda outra razão pela qual os homens deverão suportar de bom ânimo as aflições e contratempos da vida. Insistiu comeles a suportar tudo isto porque os grandes santos do passado o suportaram e porque tudo o que suportamos é pouco em comparação com o que Jesus Cristo teve que suportar. Agora afirma que devemos suportar a prova e a aflição porque nos são enviadas como uma disciplina de Deus, e nenhuma vida pode ter valor algum sem disciplina. Um pai sempre disciplina a seu filho. Não seria sinal de amor paterno deixar que o filho faça o que queira e busque sempre o caminho fácil. Um pai que agisse assim não demonstraria amor a seu filho; pelo contrário, daria a entender que não considera seu filho melhor que um filho ilegítimo para o qual não sente nem amor nem responsabilidade. Nós submetemos à disciplina de um pai terrestre só por um breve tempo, até que chegamos aos anos da maturidade. Na correção paterna terrestre há, no melhor dos casos, um elemento de arbitrariedade. O pai terreno é aquele a quem lhe devemos nossa vida corporal. Quanto mais devemos nos submeter à disciplina de Deus a quem devemos nossas almas imortais, um Deus que é inteiramente sábio e que em sua sabedoria não busca outra coisa senão nosso maior bem que só Ele conhece. Na Cyropaedia de Xenofonte há uma passagem curiosa e interessante. Discute- se sobre qual é mais útil no mundo: o homem que faz você rir ou aquele que faz você chorar. Aglaitidas diz: "Aquele que faz rir a seus amigos parece que lhes brinda um serviço muito menor que aquele que os faz chorar”. E se quer considerar isto retamente, você também encontrará que digo a verdade. De toda maneira, os pais desenvolvem o domínio próprio de seus filhos, fazendo-os chorar, os mestres gravam boas lições em seus alunos da mesma maneira e também as leis conduzem os cidadãos à justiça, fazendo-os chorar. Mas, poderíamos afirmar que aqueles que nos fazem rir, fazem bem a nossos corpos ou fazem com que nossas mentes sejam mais capazes no manejo dos negócios privados ou do Estado?” Segundo o ponto de vista do Aglaitidas o homem que exercita a disciplina é aquele que verdadeiramente cuida dos demais e faz o bem para eles.
Não há dúvida de que esta passagem sentaria aos que o escutaram pela primeira vez, com um duplo impacto, porque todo mundo estava a par do pasmoso pátrio poder, o poder do pai. Um pai romano tinha por lei um poder absoluto sobre sua família. Até sobre um filho casado o pai exercia esse poder absoluto: tanto sobre ele como sobre seus netos. Isto foi assim desde o princípio. Um pai romano podia aceitar ou rechaçar um filho recém-nascido, segundo seu gosto; podia encadeá-lo ou açoitá-lo e vendê-lo como escravo; até tinha o direito de matá-lo. Mas, em geral quando um pai devia dar um passo sério contra algum membro de sua família convocava a todos os membros masculinos e adultos ainda que não precisava fazê-lo nem ter em conta o parecer dos mesmos.
É verdade que, nos últimos tempos a opinião pública não permitia que um pai executasse a seu filho, mas isto sucedeu a partir dos dias de Augusto.
Salustio, o historiador romano, conta-nos de um incidente durante a conspiração de Catilina. Catilina que se tinha rebelado contra Roma foi apoiado por alguns que se uniram a suas forças. Entre eles encontrava-se Aulo Fulvio, filho de um senador romano. Foi detido e levado a sua casa.
Seu mesmo pai o julgou e ordenou sua execução.
De acordo com a pátrio poder um filho romano jamais se tornava adulto. Podia estar entregue a uma carreira oficial, ocupar as  magistraturas mais altas, ser honrado por todo o país; tudo isto não interessava. Ainda permanecia direta e totalmente sob o poder do pai enquanto este vivesse. Se alguma vez algum povo soube o que era a disciplina paterna este foi o povo romano. E quando o autor de Hebreus fala de como um pai terrestre corrigia a seu filho, seus leitores sabiam muito bem a que se referia.
Assim, pois, o autor insiste em que devemos considerar todas as provas da vida como uma disciplina de Deus; não devemos considerar que são para nosso dano e prejuízo, senão para nosso bem supremo e último. Para provar isto cita Provérbios 3:11-12.

Há muitas maneiras nas que a pessoa pode considerar a disciplina que Deus lhe envia.

(1) Pode aceitar a disciplina resignadamente. Isto é o que faziam os estóicos que pensavam que nada neste mundo acontecia sem a vontade de Deus. Portanto, afirmavam, não há outra saída senão a aceitação. Agir de outra maneira é simplesmente golpear a cabeça contra as muralhas do universo e não querer aceitar o inevitável. Trata-se certamente de uma aceitação. Pode ser que seja até a aceitação da sabedoria suprema; mas apesar de tudo é uma aceitação não do amor de um pai, mas sim de seu poder. Não é uma aceitação voluntária mas sim uma aceitação derrotada.

(2) Pode-se aceitar a disciplina com o lúgubre sentimento de que passe o mais rapidamente possível. Um famoso romano da antiguidade dizia: "Não deixarei que nada interrompa minha vida". Se a pessoa aceitar a disciplina desta maneira, ele o faz com uma turva determinação mas considerando-a como uma correção e aflição que devem superar-se com desafio e não certamente com gratidão.




(3) Pode-se aceitar a disciplina com uma auto-comiseração que o conduz finalmente ao fracasso. Há pessoas que quando se vêem vítimas de alguma situação difícil dão a impressão de ser os únicos do mundo golpeados ou afligidos pela vida. Perdem-se na auto-comiseração. Ainda que se trate da perda de um ser querido, por quem sofrem todo o tempo é por si mesmas.

(4) Alguém pode aceitar a disciplina como um castigo que os ofende. É estranho que nessa época os romanos não vissem nos desastres nacionais e pessoais mais que a vingança dos deuses. Luciano escreveu: "Roma teria sido efetivamente feliz e seus cidadãos felizes, se os deuses se preocupassem tanto em cuidar dos homens como em ser exigentes na vingança". Tácito mantinha que os desastres da nação eram a prova de que os deuses não se interessavam pela segurança dos homens, mas sim em seu castigo. Até há aqueles que consideram a Deus como um Deus vingativo.
Quando algo lhes acontece ou aos que amam, eles se perguntam: "O que é que eu fiz para merecer isto?" E o perguntam em tom e com um espírito tais que evidenciam que consideram tudo como um castigo injusto e imerecido de parte de Deus. Jamais lhes ocorre perguntar: "O que é o que Deus quer me ensinar? O que quer fazer de mim? O que quer fazer comigo por meio desta experiência que me sobreveio?"

(5) Desta maneira chegamos à última atitude. Também existem os que vêem nas coisas difíceis da vida a disciplina de um pai amante.
Jerônimo dizia algo paradoxal mas verdadeiro: "A maior ira de todas é que Deus não se ire mais conosco quando pecamos". Queria dizer que o castigo supremo é que Deus nos abandone como indóceis, incuráveis e irremediavelmente cegos. O verdadeiro cristão sabe que tudo o que lhe sobrevém procede de um Deus que é um Pai e que, "a mão de um pai jamais causará a seu filho uma lágrima inútil". Sabe que tudo o que acontece significa algo, tem um propósito, leva o desígnio de fazer dele um homem melhor e mais sábio. Daremos fim à autocomiseração, ao ressentimento e à queixa rebelde se lembrarmo-s que não há disciplina de Deus que não tenha suas fontes no amor, e que não esteja ordenada para o bem. 
Aqui o autor expõe ainda outra razão pela qual os homens deverão suportar de bom ânimo as aflições e contratempos da vida. Insistiu com eles a suportar tudo isto porque os grandes santos do passado o suportaram e porque tudo o que suportamos é pouco em comparação com o que Jesus Cristo teve que suportar. Agora afirma que devemos suportar a prova e a aflição porque nos são enviadas como uma disciplina de Deus, e nenhuma vida pode ter valor algum sem disciplina. Um pai sempre disciplina a seu filho. Não seria sinal de amor paterno deixar que o filho faça o que queira e busque sempre o caminho fácil. Um pai que agisse assim não demonstraria amor a seu filho; pelo contrário, daria a entender que não considera seu filho melhor que um filho ilegítimo para o qual não sente nem amor nem responsabilidade. Nós submetemos à disciplina de um pai terrestre só por um breve tempo, até que chegamos aos anos da maturidade. Na correção paterna terrestre há, no melhor dos casos, um elemento de arbitrariedade. O pai terreno é aquele a quem lhe devemos nossa vida corporal. Quanto mais devemos nos submeter à disciplina de Deus a quem devemos nossas almas imortais, um Deus que é inteiramente sábio e que em sua sabedoria não busca outra coisa senão nosso maior bem que só Ele conhece. Na Cyropaedia de Xenofonte há uma passagem curiosa e interessante. Discute- se sobre qual é mais útil no mundo: o homem que faz você rir ou aquele que faz você chorar. Aglaitidas diz: "Aquele que faz rir a seus amigos parece que lhes brinda um serviço muito menor que aquele que os faz chorar”. E se quer considerar isto retamente, você também encontrará que digo a verdade. De toda maneira, os pais desenvolvem o domínio próprio de seus filhos, fazendo-os chorar, os mestres gravam boas lições em seus alunos da mesma maneira e também as leis conduzem os cidadãos à justiça, fazendo-os chorar. Mas, poderíamos afirmar que aqueles que nos fazem rir, fazem bem a nossos corpos ou fazem com que nossas mentes sejam mais capazes no manejo dos negócios privados ou do Estado?” Segundo o ponto de vista do Aglaitidas o homem que exercita a disciplina é aquele que verdadeiramente cuida dos demais e faz o bem para eles.
Não há dúvida de que esta passagem sentaria aos que o escutaram pela primeira vez, com um duplo impacto, porque todo mundo estava a par do pasmoso pátrio poder, o poder do pai. Um pai romano tinha por lei um poder absoluto sobre sua família. Até sobre um filho casado o pai exercia esse poder absoluto: tanto sobre ele como sobre seus netos. Isto foi assim desde o princípio. Um pai romano podia aceitar ou rechaçar um filho recém-nascido, segundo seu gosto; podia encadeá-lo ou açoitá-lo e vendê-lo como escravo; até tinha o direito de matá-lo. Mas, em geral quando um pai devia dar um passo sério contra algum membro de sua família convocava a todos os membros masculinos e adultos ainda que não precisava fazê-lo nem ter em conta o parecer dos mesmos.
É verdade que, nos últimos tempos a opinião pública não permitia que um pai executasse a seu filho, mas isto sucedeu a partir dos dias de Augusto.
Salustio, o historiador romano, conta-nos de um incidente durante a conspiração de Catilina. Catilina que se tinha rebelado contra Roma foi apoiado por alguns que se uniram a suas forças. Entre eles encontrava-se Aulo Fulvio, filho de um senador romano. Foi detido e levado a sua casa.
Seu mesmo pai o julgou e ordenou sua execução.
De acordo com a pátrio poder um filho romano jamais se tornava adulto. Podia estar entregue a uma carreira oficial, ocupar as  magistraturas mais altas, ser honrado por todo o país; tudo isto não interessava. Ainda permanecia direta e totalmente sob o poder do pai enquanto este vivesse. Se alguma vez algum povo soube o que era a disciplina paterna este foi o povo romano. E quando o autor de Hebreus fala de como um pai terrestre corrigia a seu filho, seus leitores sabiam muito bem a que se referia.
Assim, pois, o autor insiste em que devemos considerar todas as provas da vida como uma disciplina de Deus; não devemos considerar que são para nosso dano e prejuízo, senão para nosso bem supremo e último. Para provar isto cita Provérbios 3:11-12.

Há muitas maneiras nas que a pessoa pode considerar a disciplina que Deus lhe envia.

(1) Pode aceitar a disciplina resignadamente. Isto é o que faziam os estóicos que pensavam que nada neste mundo acontecia sem a vontade de Deus. Portanto, afirmavam, não há outra saída senão a aceitação. Agir de outra maneira é simplesmente golpear a cabeça contra as muralhas do universo e não querer aceitar o inevitável. Trata-se certamente de uma aceitação. Pode ser que seja até a aceitação da sabedoria suprema; mas apesar de tudo é uma aceitação não do amor de um pai, mas sim de seu poder. Não é uma aceitação voluntária mas sim uma aceitação derrotada.

(2) Pode-se aceitar a disciplina com o lúgubre sentimento de que passe o mais rapidamente possível. Um famoso romano da antiguidade dizia: "Não deixarei que nada interrompa minha vida". Se a pessoa aceitar a disciplina desta maneira, ele o faz com uma turva determinação mas considerando-a como uma correção e aflição que devem superar-se com desafio e não certamente com gratidão.



(3) Pode-se aceitar a disciplina com uma auto-comiseração que o conduz finalmente ao fracasso. Há pessoas que quando se vêem vítimas de alguma situação difícil dão a impressão de ser os únicos do mundo golpeados ou afligidos pela vida. Perdem-se na auto-comiseração. Ainda que se trate da perda de um ser querido, por quem sofrem todo o tempo é por si mesmas.

(4) Alguém pode aceitar a disciplina como um castigo que os ofende. É estranho que nessa época os romanos não vissem nos desastres nacionais e pessoais mais que a vingança dos deuses. Luciano escreveu: "Roma teria sido efetivamente feliz e seus cidadãos felizes, se os deuses se preocupassem tanto em cuidar dos homens como em ser exigentes na vingança". Tácito mantinha que os desastres da nação eram a prova de que os deuses não se interessavam pela segurança dos homens, mas sim em seu castigo. Até há aqueles que consideram a Deus como um Deus vingativo.
Quando algo lhes acontece ou aos que amam, eles se perguntam: "O que é que eu fiz para merecer isto?" E o perguntam em tom e com um espírito tais que evidenciam que consideram tudo como um castigo injusto e imerecido de parte de Deus. Jamais lhes ocorre perguntar: "O que é o que Deus quer me ensinar? O que quer fazer de mim? O que quer fazer comigo por meio desta experiência que me sobreveio?"

(5) Desta maneira chegamos à última atitude. Também existem os que vêem nas coisas difíceis da vida a disciplina de um pai amante.

Jerônimo dizia algo paradoxal mas verdadeiro: "A maior ira de todas é que Deus não se ire mais conosco quando pecamos". Queria dizer que o castigo supremo é que Deus nos abandone como indóceis, incuráveis e irremediavelmente cegos. O verdadeiro cristão sabe que tudo o que lhe sobrevém procede de um Deus que é um Pai e que, "a mão de um pai jamais causará a seu filho uma lágrima inútil". Sabe que tudo o que acontece significa algo, tem um propósito, leva o desígnio de fazer dele um homem melhor e mais sábio. Daremos fim à autocomiseração, ao ressentimento e à queixa rebelde se lembrarmo-s que não há disciplina de Deus que não tenha suas fontes no amor, e que não esteja ordenada para o bem

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