A ÚLTIMA VONTADE DE
DEUS Hb. (10.1-18)
Este capítulo pode ser divido em seis partes:
Os versículos 1 a 6 descrevem o fracasso da lei em tornar as
pessoas perfeitas.
Os versículos de 5 a 10 descrevem a última vontade de Deus
em termos daquele que assumiu um corpo, e através da obediência moral, fez a
vontade de Deus.
Os versículos 11 a 18 descrevem o perdão final, que afasta o
pecado e torna desnecessária uma oferta pelo pecado.
Os versículos 19 a 25 contêm palavras de convite para nos
aproximarmos de Deus, que é em que, afinal de contas, consiste a religião.
Os versículos 26 a 31 contêm uma solene advertência em
relação ao castigo daqueles que deliberadamente pecam, depois de receber um
conhecimento da verdade.
Os versículos 32 a 39 encerram o capítulo com palavras de
encorajamento para aguentarem um pouquinho mai e não jogarem fora a recompensa
que em breve será dada por ocasião do juízo.
1) O Fracasso da lei
(Hb. 10.1-4)
PORQUE A LEI, TENDO A
SOMBRA indica a sua incapacidade. Uma sombra pode dar a entender uma
presença que se aproxima, mas que si mesma não tem substância. Portanto, ela
não fazer a obra que Deus pretendia, de aperfeiçoar as pessoas é que é IMPOSSÍVEL QUE SANGUE DE TOUROS E DE BODES
TIRE PECADOS.
DOUTRA MANEIRA, NÃO
TERIAM DEIXADO DE SER OFERECIDOS?
TRÊS COISAS PROVAM A
INCAPACIDADE DO VELHO SISTEMA:
1 A sua constante
repetição de sacrifícios mostrava que o seu efeito era apenas temporário;
2 O fato de que a
consequência do pecado permanecia provava que a purificação era imperfeita;
3 Os antigos
sacrifícios eram constante recordação da culpa, quando Deus desejava que até
mesmo a memória do pecado fosse esquecida (10.17). O escritor se demora em citar a deficiência
do sistema veterotestamentário, enfatizando um verbo no versículo 4, traduzindo
como TIRE pecados. Este verbo nunca é usado em outras passagens do Novo
Testamento. Contudo, o objetivo implícito da obra de Cristo é declarado como “
aniquilar o pecado” (9.26).
2) O Sacrifício Final (Hb. 10.5-10)
PELO QUE
significa que a incapacidade dos sacrifícios animais tornou necessário o novo
sacrifício – o autossacrifício de Jesus.
ENTRANDO NO MUNDO, DIZ. Nos versos 5 a 7, o pregador coloca
o Salmo 40. 7-9 nos lábios de Cristo. A ideia do salmista é que Deus lhe deu um
“ouvido aberto” Salmo 40.6 para ouvir que aquilo em que Deus se deleita não é
em ofertas pelo pecado, mas em que se faça a sua vontade.
MAS UM CORPO
significa que, afim, de fazer a vontade de Deus, era necessário que cristo
tivesse um corpo. O que a lei não pode fazer foi realizado no único sacrifício
de Cristo, que requereu um corpo. Para que ele praticasse obediência voluntária
a Deus, requeria-se um corpo. Pois essa obediência voluntária colocou o seu
sacrifício infinitamente acima de todos os sacrifícios animais, em que os
animais não tinham escolha quanto ao seu destino.
EIS-ME AQUI... PARA
FAZER, Ó PAI A TUA VONTADE: A vontade de Deus, neste caso, era que cristo
morresse pelos pecados dos homens e desta forma estabelecesse um novo pacto.
Indica isto que o que Jesus fez no Gólgota
foi resumir “desde a fundação do mundo”(9.26) o que deus sempre fora –
Alguém cujo caminho é via sacrifício próprio, em contraposição ao nosso caminho
de autodestruição , mediante autoafirmação? Cristo não veio ao mundo para ser
um homem bom; não foi para isso que um corpo
foi-lhe preparado. Ele veio para ser um grande Sumo Sacerdote, e o corpo
lhe foi preparado para que, pela oferta dele, ele pudesse colocar para sempre
os homens pecadores em uma relação religiosa perfeita para com Deus.
ELE TIRA O PRIMEIRO,
PARA ESTABELECER O SEGUNDO. Jesus veio ao mundo plenamente consciente da
incapacidade dos sacrifícios animais em abolir o pecado. Ele veio disposto a se
dar pelos pecados dos homens e, desta forma, aproximá-los de Deus (Hb.2.10). O
que a lei falhou em fazer, Cristo fez sofrendo uma vez por todas em seu corpo.
Ele aboliu os sacrifícios temporários e estabeleceu um sacrifício eterno.
3)O PERDÃO FINAL
(Hb.10.11-18).
ORA TODO O SACERDOTE
SE APRESENTA DIA APÓS DIA, MINISTRANDO.
A futilidade do antigo processo de purificação de pecados é verificada
em uma repetição de uma cerimônia que nunca pode fazer o que o novo pacto pode
fazer – TIRAR PECADOS.
MAS ESTE (Cristo),
HAVENDO OFERECIDO.
A finalidade da
oferta de Cristo é sublinhada em três frases:
1 UMA VEZ PARA SEMPRE,
sendo da ordem da eternidade. O que Ele vez teve consequências eternas.
2 UM ÚNICO SACRIFÍCIO
enfatiza a unicidade do que cristo fez. E não precisa ser repetido.
3 ASSENTOU-SE... À
DIREITA DE DEUS. A sua obra sacrificial terminou. Ele pode verificar a sua
eficácia salvadora para sempre. Nada há mais que ele possa fazer nem há nada
que ele precise fazer para abrir o caminho de acesso a Deus.
DAÍ POR DIANTE ESPERANDO indica que é como se o pregador
estivesse dizendo que Cristo está sentado, dizendo a si mesmo, com perfeita
certeza: “Agora, deixe-o funciona”! Aqui o pregador menciona o salmo favorito
(110.1). Neste, Deus promete colocar todos os inimigos em sujeição a ele.
Cristo agora completou tudo o que é necessário para o final. Ele agora pode
esperar confiantemente o tempo em que isso acontecerá.
O VERSÍCULO 14 REITERA AS QUALIDADES DISCUTIDAS ACIMA. Pois
com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados.
E o espírito Santo também no-lo testifica. Agora o Espírito santo dá a certeza
de que as promessas foram cumpridas.
O VERSÍCULO 18 RESUME A VERDADE CRISTÃ: Ora onde a remissão
destes ( pecados), não há mais oferta pelo pecado. Deus agora perdoa o pecado
com base no sacrifício de Cristo. Não é mais necessário nenhum sacrifício pelo
pecado.
Até aqui, o capítulo
10 descreveu a perfeita oferta pela pecado feita por nosso Senhor. O escritor
nos disse que a lei do velho testamento era apenas uma sombra da realidade que
veio ao nosso mundo em Jesus (10:1). O sacrifício de Cristo é tão superior ao
sistema do velho testamento quanto a substância o é à sombra ; tão superior quanto o sangue de Cristo é ao
sangue de touros e de bodes; tão superior quanto o mundo espiritual é ao mundo
material; tão superior quanto a eternidade é ao tempo.
Nenhuma sombra pode jamais remover o maciço peso de culpa
que oprime a humanidade. Nada menos do que a intervenção do próprio Deus vivo
podia fazer isto. Assim, Cristo veio, dizendo:
“ Eis- me aqui para fazer a tua vontade “ (10:9). Por grande que seja a
culpa humana, o Deus vivo, em Cristo, é maior.
Agora, devido a tudo o que Deus fez pelo homem, em Cristo, o
escritor de Hebreus faz este convite magnânimo, franco.
Fonte: Comentário Bóblico Broadman
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