PRESERVANDO A PAZ NOS RELACIONAMENTOS
(contenda entre Ló e Abraão Gn.13.5-9)
A
solução desta briga foi muito feliz.
É
melhor preservar a paz, para que ela não seja rompida. Mas a segunda melhor
coisa é, se surgirem as diferenças, rapidamente acomodá-las, e apagar o fogo
que irrompeu. O movimento para cessar esta briga partiu de Abrão, o parente
mais velho e aquele que tinha uma condição superior v.8.
1.
Seu pedido de paz foi muito afetuoso: não haja contenda entre mim e ti. Abrão,
aqui, demonstra ser um homem:
(a)
De espírito calmo, que tinha o controle da sua paixão, e sabia como afastar a
ira com uma resposta branda. Aqueles que desejam manter a paz nunca devem
responder a insultos com insultos.
(b)
De um espírito condescendente. Ele estava disposto até mesmo a suplicar ao seu
inferior para que ficassem em paz, e fez a primeira proposta de reconciliação.
Os vencedores consideram a sua glória obter a paz pela força. Porém não é menos
glorioso obter a paz pela humildade e pela sabedoria.
Observe: que o povo de
Deus sempre deve demonstrar ser um povo pacífico. Sejam quem forem os outros, o
povo de Deus deve ser a favor da paz.
2. Seu apelo pela paz
foi muito convincente.
(a) Não haja contenda
entre mim e ti. Que briguem os cananeus e ferezeus sobre ninharias. Mas você e
eu, que conhecemos melhor as coisas, e procuramos uma terra melhor, não devemos
brigar.
Observe: que aqueles que professam a religião devem, mais que todos os
outros, ter cuidado para evitar brigas.
Não sereis vós assim, Lucas 22.26. Nós
não temos tal costume, 1Coríntios 11.16. Não haja contenda entre mim e ti que
vivemos juntos e que nos amamos durante tanto tempo.
Observe: que a lembrança de
antigas amizades deve rapidamente colocar um final às novas brigas que
acontecem em qualquer ocasião.
(b) Lembremo-nos de
que somos irmãos: em hebraico, que somos homens e irmãos. Um argumento duplo.
[1] Somos homens. E,
como homens, somos criaturas mortais -podemos morrer amanhã, e devemos nos
preocupar em sermos encontrados em paz. Somos criaturas racionais e devemos ser
governados pela razão. Somos homens, e não feras, homens, e não crianças. Somos
criaturas sociáveis, e sejamos assim ao máximo.
[2] Somos irmãos.
Homens da mesma natureza, da mesma família, da mesma religião, companheiros em
obediência, companheiros em paciência.
Note: que a consideração do nosso
parentesco, como irmãos, deve sempre prevalecer para moderar as nossas paixões,
ou para evitar ou para encerrar as nossas contendas. Irmãos devem amar como irmãos.
Por: Matthew Henrry
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