ABRAÃO
O PEREGRINO DE DEUS!
A
CHEGADA DE ABRAÃO A CANAÃ (Gn. 12.4,5)
Poderíamos
esperar que, tendo tido um chamado tão extraordinário a Canaã, algum grande
evento aconteceria quando Abrão ali chegasse que ele fosse recebido com todos
os sinais possíveis de honra e respeito, e que os reis de Canaã lhe teriam
imediatamente entregado suas coroas, prestando-lhe homenagens. Mas, não. Ele
chega despercebido e pouco é notado, pois Deus ainda desejava que ele vivesse
pela fé, e que considerasse Canaã, mesmo já estando nela, como uma terra de
promessa.
Por isto,
observe aqui:
O pouco conforto que ele teve na terra à qual
tinha vindo. Pois:
1. Ele não
a teve para si: “Estavam, então, os cananeus na
terra”. Ele encontrou a região povoada e possuída pelos cananeus, que
provavelmente seriam maus vizinhos e proprietários ainda piores. E, pelo que
parece, ele não teria lugar onde armar a sua tenda, exceto por permissão deles.
Desta maneira, os amaldiçoados cananeus pareciam estai' em melhores
circunstâncias do que o abençoado Abrão. Observe que os filhos deste mundo
normalmente possuem mais coisas deste mundo, do que os filhos de Deus.
2. Ele não
tinha onde estabelecer-se: “Passou
Abrão por aquela terra”, v.6. E “moveu-se dali para a montanha”, v. 8. “Depois,
caminhou Abrão dali, seguindo ainda”, v. 9.
Observe
aqui:
(1) Algumas
vezes, o destino dos homens bons é não se estabelecerem, e serem obrigados,
frequentemente, a transferir a sua residência. O bendito Davi teve as suas
peregrinações, as suas mudanças, Salmos 56.8.
(2) As nossas
mudanças neste mundo frequentemente ocorrem sob, variadas condições. Abrão
residiu temporariamente, primeiramente em uma planície, v. 6, e depois em uma
montanha, v. 8. Deus o colocou em situações opostas.
(3)
Todas as pessoas devem considerar-se estranhos e temporários, neste mundo, e pela
fé, encará-lo como uma terra estranha. Abrão fez isto, Hebreus 11.8-14.
(4)
Enquanto estivermos aqui, nesta condição atual, devemos estar viajando, e
prosseguindo, de força em força, como ainda não tendo chegado.
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