terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Tema:

EM GUERRA COM DEUS (T g 4 :4 - 1 0 )

Em guerra com Deus (T g 4 :4 - 1 0 )

A raiz de toda guerra, interior ou exterior, e a rebelião contra Deus. No começo da criação, vemos perfeição e harmonia; mas o pecado entrou no mundo e deu inicio aos conflitos. "O pecado e a transgressão da lei" (1 Jo 3:4), e a transgressão da lei e rebelião contra Deus.

De que maneira um cristão declara guerra contra Deus? Ao ter amizade com os inimigos de Deus.

Tiago cita três inimigos com os quais não confraternizar se, desejamos ter paz com Deus.

O mundo (v. 4). Ao falar do "mundo", Tiago se refere, obviamente, a sociedade humana sem Deus. O sistema todo das coisas nessa sociedade em que vivemos e contrario a Cristo e a Deus. Abraão era amigo de Deus {Tg 2:23);  o cristão envolve-se com o mundo aos poucos. Primeiramente, vem "a amizade do mundo" (Tg 4:4). Tal amizade resulta em ser "maculado" pelo mundo (Tg 1:27), de modo que certas áreas da vida possam receber a aprovação do mundo. Quem tem amizade com o mundo passa a amar o mundo (1 Jo 2:15-17), o que, por sua vez, torna fácil conformar- se com o mundo (Rm 12:2). O triste resultado e ser condenado com o mundo (1 Co 11:32).

A amizade com o mundo e comparada ao adultério. O cristão e "casado com Cristo" (ver Rm 7:4) e deve ser fiel a ele. Os cristãos judeus para os quais esta carta foi escrita entendiam a imagem do "adultério espiritual", pois os profetas Ezequiel, Jeremias e Oseias usaram-na para repreender Judá por seus pecados (ver Jr 3:1-5; Ez 23; Os 1 - 2). Ao adotar os costumes pecaminosos de outras nações e ao adorar seus deuses, a nação de Judá cometeu adultério contra seu Deus. O mundo é inimigo de Deus, e quem deseja ser amigo do mundo não pode ser amigo de Deus. Também não pode ter amizade com Deus se estiver vivendo na carne, pois esse e o segundo inimigo citado por Tiago.

2° A carne (w. 1, 5). Ao falar da "carne", Tiago refere-se a velha natureza que herdamos de Adão e que e propensa a pecar. A carne não e o corpo. O corpo não e pecaminoso, mas sim, neutro. O Espírito pode usar o corpo para glorificar a Deus, ou a carne pode usar o corpo para servir ao pecado.
Quando um pecador se entrega a Cristo, recebe em seu interior uma nova natureza, mas a antiga natureza não e removida nem reformada. Por esse motivo, tem-se uma batalha interior: "Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer" (Gl 5:17). E isso o que Tiago chama de "prazeres que militam na vossa carne" (Tg 4:1). Viver em função da carne significa entristecer o Espírito de Deus que habita em nos. Viver de modo a agradar a velha natureza significa declarar guerra contra Deus. "O pendor da carne e inimizade contra Deus" (Rm 8:7). Permitir que a carne controle a mente e perder a benção e a comunhão com Deus. 

3° O diabo (w . 6, 7). O mundo esta em conflito com o Pai; a carne luta contra o Espírito, e o diabo opõe-se ao Filho de Deus. O maior pecado de Satanás e o orgulho, que ele também usa como uma de suas principais armas na guerra contra os santos e o Salvador. Deus deseja que sejamos humildes; Satanás deseja que sejamos orgulhosos. "Sereis como Deus", Satanás prometeu a Eva, que creu nessa promessa. Um cristão recém-convertido não deve ser colocado em cargos de liderança espiritual "para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo" (1 Tm 3:6). Deus quer que sejamos dependentes de sua graça ("antes, ele da maior graça"), enquanto o diabo quer que sejamos dependentes de nos mesmos. Satanás e o autor de todos os empreendimentos espirituais que procuramos realizar por conta própria. Ele gosta de inchar o ego e de encorajar o cristão a fazer as coisas a sua maneira. Apesar das advertências de Jesus sobre os planos de Satanás, Pedro caiu em uma armadilha, puxou sua espada e tentou realizar a vontade de Deus a seu modo, causando grande confusão. Um dos problemas das igrejas de hoje e o numero excessivo de celebridades e a falta de servos. Os obreiros cristãos são tão promovidos que sobra pouco espaço para a gloria de Deus. O ser humano não tem coisa alguma de que se orgulhar. Não há bem algum em nos (Rm 7:18); mas quando cremos em Cristo, ele coloca em nos aquela "coisa boa'" que nos transforma em filhos de Deus (ver 2 Tm 1:6, 14). Temos aqui, portanto, três inimigos que desejam afastar-nos de Deus: o mundo, a carne e o diabo. Esses inimigos são resquícios de nossa antiga vida de pecado (Ef 2:1-3).
Cristo nos libertou deles, mas eles continuam a nos atacar.

Como vamos derrota-los? Como ser amigos de Deus e inimigos do mundo, da carne e do diabo?

Tiago da três instruções a fim de que tenhamos paz no lugar de guerra.

1°- Sujeitai-vos a Deus (v. 7). Trata-se de um termo militar que significa "colocar-se no devido lugar dentro de uma hierarquia". Quando um soldado raso age como um general, sem duvida cria problemas! A entrega incondicional e a única maneira de obter vitoria completa. Enquanto não entregarmos a Deus todas as áreas da vida, continuaremos sempre vivendo em conflito. Isso explica por que cristãos sem compromisso com Deus não conseguem conviver consigo mesmos nem com os outros.

"Nem deis lugar ao diabo", adverte Paulo em Efésios 4:27. Satanás precisa de um ponto de apoio em nossa vida para nos fazer lutar contra Deus, e, por vezes, nós lhê damos esse apoio. A fim de resistir ao diabo, devemos nos sujeitar a Deus. Depois que o rei Davi cometeu adultério com Bate-Seba, ocultou seu pecado durante quase um ano. Houve uma guerra entre ele e Deus, e foi o próprio Davi quem a declarou. Ao ler os Salmos 32 e 51, vemos o alto preço que Davi pagou por estar em guerra com Deus. Quando finalmente se sujeitou a Deus, teve paz e alegria, uma experiência que também se encontra registrada nos Salmos 32 e 51. A sujeição e um ato a volição pelo qual dizemos: "Não se faça a minha vontade, e sim a tua".

2° Chegai-vos a Deus (v. 8). De que maneira nos chegamos a Deus? Confessando os pecados e pedindo que Deus nos purifique. "Purificai as mãos, pecadores; e vos que sois de animo dobre, limpai o coração". O termo grego traduzido por "purificar" significa "tornar casto". Essa ideia é paralela ao conceito de "adultério espiritual" em Tiago 4:4. A. W. Tozer escreveu um ensaio profundo sobre esse assunto chamado "Nearness is Likeness" [Proximidade E Semelhança]. Quanto mais semelhantes somos a Deus, mais próximos estamos dele. Posso estar sentado na sala com meu gato siamês no colo, enquanto minha esposa esta a uns sete metros de distancia na cozinha e, ainda assim, estou mais perto dela do que do gato, pois o gato e diferente de mim. Temos muito pouco em comum. Em sua bondade, Deus aproxima-se de nos quando tratamos do pecado em nossa vida, pois, de outro modo, esse pecado o manteria longe de nos. Ele não divide os seus com ninguém; deve ter controle absoluto. O cristão de mente dobre não pode aproximar- se de Deus.

3°Humilhai-vos diante de Deus (w. 9, 10). E possível sujeitar-se exteriormente sem se humilhar interiormente. Deus abomina o pecado do orgulho (Pv 6:16, 17) e disciplina o cristão orgulhoso até torná-lo humilde. Nossa tendência e tratar o pecado com leviandade, e até mesmo rir dele ("converta se o vosso riso em pranto"). Mas o pecado  é algo sério, é uma das características da verdadeira humildade é encarar a seriedade do pecado e tratar de nossa desobediência. "Coração compungido e contrito, não o desprezaras, o Deus" (SI 51:17). As vezes, o cristão ora: "Senhor, torna- me humilde!", um pedido perigoso. É muito melhor humilhar-se diante de Deus, confessar os pecados, chorar sobre eles e se arrepender deles. "Mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra" (Is 66:2). "Perto esta o Senhor dos que tem o coração quebrantado e salva os de espírito oprimido" (SI 34:18). Obedecendo a essas três instruções, o Senhor se achegará a nós, nos purificará e perdoará, e as guerras terão fim! Não estaremos em guerra com Deus, de modo que não estaremos em guerra conosco mesmos e nem com os outros. "O efeito da justiça será paz, e o fruto da justiça, repouso e segurança, para sempre" (Is 32:17). É preciso entregar o controle da vida ao Senhor e permitir que ele se torne nosso Príncipe da Paz (Is 9:6).


Fonte: Comentário Biblico, Warren W. Wiersbe 

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