quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Tema:

A BASE PARA A SEGURANÇA ESPIRITUAL (Hb 6:13-20)

3. A BASE PARA A SEGURANÇA ESPIRITUAL (Hb 6:13-20)

A fim de evitar que alguém interpretasse incorretamente sua exortação a maturidade espiritual, o autor termina esta seção com um argumento momentoso em favor da certeza da salvação. Nenhum cristão faz o progresso espiritual que deveria, mas jamais precisara temer a condenação de Deus. O autor apresenta três argumentos em favor da
certeza da salvação para cristãos autênticos.

a) A promessa de Deus (vv. 13-15).

 A promessa principal de Deus para a Abraão encontra- se registrada em Gênesis 22:16, 17. Apesar das falhas e pecados de Abraão, Deus cumpriu sua promessa, e Isaque nasceu. Muitas promessas de Deus não dependem de nosso caráter, mas sim da fidelidade do Senhor. A expressão "esperar com paciência" (Hb 6:15) e exatamente o oposto de "indolentes" (Hb 6:12). Os leitores desta epístola
estavam prestes a desistir; sua paciência começava a esgotar-se (ver Hb 12:1, 2).
Assim, o autor diz: "Vocês receberão e desfrutarão aquilo que Deus prometeu se vocês se dedicarem diligentemente ao desenvolvimento da sua vida espiritual".
Hoje, nós, cristãos, temos mais promessas do que Abraão! O que nos impede de
progredir espiritualmente? Não nos esforçamos pela fé. Voltando a ilustração da lavoura, se o lavrador ficar sentado em sua varanda olhando para as sementes, não terá o que colher. Deve por mãos a obra: arar, plantar, cultivar e, por vezes, regar o solo. O cristão que negligenciar a comunhão na igreja, ignorar a Bíblia e se esquecer de orar não terá uma colheita abundante.

b) O juramento de Deus (w. 16-18).

Deus não apenas fez uma promessa a Abraão, mas também a confirmou com um juramento. Quando uma testemunha faz um juramento em um tribunal, declara que dirá a verdade "com a ajuda de Deus". Invocamos o maior como testemunha para o menor. Ninguém e maior do que Deus, de modo que ele jurou por si mesmo! Mas Deus não fez isso apenas por Abraão. Também fez sua promessa e juramento "aos herdeiros da promessa" (Hb 6:17). Abraão e seus descendentes foram os primeiros a herdar a promessa (ver Hb 11:9), mas todos os cristãos são incluídos nela, pois são "descendentes de Abraão" (Gl 3:29). Assim, nossa certeza da salvação e garantida pela promessa e pelo juramento de Deus, "duas coisas imutáveis" (Hb 6:18). Temos o "forte alento" (ou "grande encorajamento") com respeito a esperança colocada diante de nos! Hebreus e uma epístola de animo, não de desanimo! A expressão "corremos para o refugio" (Hb 6:18) lembra as "cidades de refugio" do Antigo Testamento descritas em Números 35:9ss e Josué 20. Deus estipulou seis cidades - três em cada lado do rio Jordão – para as quais um homem podia fugir se matasse alguém acidentalmente. Os anciãos da cidade investigavam o ocorrido. Caso determinassem que se tratava, de fato, de homicídio culposo (não intencional), permitiam que o homem ficasse na cidade até a morte do sumo sacerdote. Depois disso, o refugiado estaria livre para voltar para casa. Enquanto permanecesse na cidade de refugio, os parentes do morto não poderiam vingar-se. Fugimos para Jesus Cristo, e ele e o nosso refugio eterno. Como nosso Sumo Sacerdote, ele vive para sempre (Hb 7:23-25), e temos salvação eterna. Nenhum vingador pode nos tocar, pois Cristo já morreu e ressuscitou
dentre os mortos.

c) O Filho de Deus (w. 19, 20).

Nossa esperança em Cristo é como uma ancora para a alma. A ancora era um símbolo bastante usado na Igreja primitiva. Foram encontradas pelo menos 66 figuras de ancoras nas catacumbas. O filosofo grego estoico Epíteto escreveu: "Não se deve prender o navio a uma só ancora nem a vida a uma só esperança".
Mas os cristãos tem somente uma ancora: Jesus Cristo, nossa esperança (Cl 1:5;
1 Tm 1:1). Todavia, essa ancora espiritual e diferente das ancoras de navios.
 Em primeiro  lugar, estamos ancorados a algo acima - ao céu - não abaixo. Não estamos ancorados para permanecer imóveis, mas sim para avançar! Nossa ancora é "segura" - não pode quebrar - é "firme" - não pode resvalar. Nenhuma
ancora aqui da Terra pode oferecer tal segurança!
Em seguida, o autor declara seu argumento: este Salvador e nosso "precursor" que foi adiante de nos para o céu, de modo que, um dia, possamos segui-lo (Hb 6:20). O sumo sacerdote do Antigo Testamento não era um "precursor", pois ninguém seria capaz de segui-lo e adentrar o Santo dos Santos. Mas a Jesus Cristo poderemos seguir ate o céu! H. A. Ironside  sugeriu que as duas frases "alem do véu" (Hb 6:19) e "fora do arraial" (Hb 13:13) resumem a Epístola aos Hebreus. Jesus Cristo esta "alem do véu"  como nosso Sumo Sacerdote. Assim, podemos nos achegar confiadamente a seu trono e receber a ajuda de que precisamos. No entanto, não devemos ser "santos secretos". Devemos estar dispostos a nos identificar com Cristo em sua rejeição e a ir para "fora do arraial, levando o seu vitupério" (Hb 13:13). Os cristãos hebreus que receberam esta carta estavam sendo tentados a fazer concessões indevidas em sua fé para evitar tal vitupério. Todavia, se vivermos "alem do véu", não teremos dificuldade em ir para "fora do arraial". Qualquer que seja a forma escolhida para abordar a exortação desta seção, é essencial certificar-se de compreender sua lição central: nos, cristãos, devemos progredir em maturidade, e Deus oferece tudo de que precisamos para fazê-lo. Se começarmos a nos desviar da Palavra (Hb 2:1-4), também passaremos a duvidar da Palavra (Hb 3:7 - 4:13). E, em pouco tempo, nos tornaremos cristãos preguiçosos, tardios para a Palavra (Hb 5:11 - 6:20). A melhor maneira de não sair do rumo e apegar-se firmemente a ancora ! Ancorados no céu! Impossível estar mais seguros do que isso.


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