sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Tema:

O Perigo da Negligencia Hb. 2.1-4.

A SALVAÇÃO QUE NÃO SE DEVE NEGLIGENCIAR
Hebreus 2:1-4

O autor argumenta aqui em forma progressiva do menor ao maior.
Tem em sua mente duas revelações. Uma foi a da Lei que veio por meio
dos anjos, quer dizer, os dez mandamentos. Qualquer infração desta Lei
ou desobediência era seguida por um castigo estrito e justo. A outra
revelação era a que veio através de Jesus Cristo, o Filho. Esta é
infinitamente maior que a revelação da verdade divina trazida pelos
anjos; portanto toda transgressão ou negação da mesma deve ser seguida
necessariamente de um castigo maior e mais terrível. Se não se pode
ignorar a revelação que veio pelos anjos muito menos pode-se
negligenciar a que veio por meio do Filho.
É bem possível que no primeiro versículo nos faça uma descrição
mais gráfica que a que reproduz a tradução. As duas palavras chaves são
prosequein e pararrein. Na presente Versão prosequein se traduziu por
atender; este és um de seus significados mais comuns. Pararrein tem
vários significados. Aplica-se a algo que se desliza ou escorre, por
exemplo, a um anel que deslizou do dedo, a uma partícula de alimento
que ao ser ingerida se desviou por uma via equivocada, a um tema que se
introduziu sub-repticiamente na conversação, a algum fato que escapou
da mente, a algo que simplesmente decaiu ou se perdeu. Habitualmente
se usa para algo que descuidada ou inconscientemente se deixou escapar
ou perder. Neste sentido interpretamos as duas palavras.

Mas, além disso, ambas têm um significado náutico.

Prosequein pode significar amarrar um barco, e pararrein pode indicar que uma nave se afasta do porto à deriva porque os marinheiros negligenciaram as precauções adaptadas para rebater os efeitos do vento, da corrente ou da maré.Assim, pois, o primeiro versículo poderia traduzir-se:
"Portanto, devemos tentar com esforço ancorar nossas vidas nas coisas que nos foram ensinadas para que a nave de nossa vida não vá à deriva, afaste-sedo porto e naufrague."

Há aqui uma imagem muito vívida — a de um barco que corre em
direção do desastre porque o piloto dorme enquanto as nefastas correntes
o arrastam longe do porto a um naufrágio seguro. Para a maioria de nós a
ameaça da vida não consiste tanto em que afundemos num desastre mas
em sermos arrastados ao pecado. São poucos os que deliberadamente e
de improviso dão as costas a Deus, mas são muitos os que diariamente se afastam cada vez mais dEle. Não são muitos os que num momento
determinado cometem algum pecado tremendo, mas são muitos os que
passo a passo e quase insensivelmente se envolvem em alguma situação
e despertam de repente para se darem conta que arruinaram sua vida e
destroçaram o coração de alguém. Faríamos bem em estar continuamente
alerta contra o risco de deixar que nossas vidas partam à deriva.
O autor da Carta caracteriza os pecados penados pela Lei em dois
grupos: chama-os transgressão e desobediência. Ao primeiro termo
corresponde parabasis que literalmente significa transpassar uma linha.
Há uma linha traçada tanto pelo conhecimento como pela consciência,
transpassar a qual constitui o pecado. Ao segundo termo corresponde
parakoe. O termo é interessante. Começa significando uma audição
imperfeita como por exemplo a de algum surdo; logo aplica-se também à
audição descuidada, quer dizer, a que por negligência ou falta de
atenção interpreta mal ou deixa de ouvir o que se disse; e termina
significando falta de vontade para ouvir e portanto desobediência à voz
de Deus. Consiste em fechar deliberadamente os ouvidos aos
mandamentos, advertências, conselhos e convites de Deus.

Como escaparemos nós? V.3.

Um antigo pregador galês disse que esta é uma  que nunca poderá ser respondida.
O homem mais sábio da terra não consegue respondê-la.
Os demônios do inferno não conseguem respondê-la.
Os anjos de glória não conseguem respondê-la.
O próprio Deus não consegue respondê-la.
Porque não existe escape das consequências da negligencia.
Ex. Sl. 139.7-10
Tão Grande Salvação

Para este pregador, era o escape da condição mortal deste mundo que esta passando e a possessão do mundo celestial que virá e é eterna.

Descuidarmos “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor negligentemente”. Jr.48.10.

O autor da carta termina seu parágrafo estabelecendo quatro formas
em que a revelação cristã é única e qualitativamente superior a dos anjos.

(1) É única em sua origem. Provém diretamente das palavras do
próprio Jesus; foi enunciada primeiro pelo Senhor. Isto significa que não
consiste em especulações ou conjeturas a respeito de Deus. É a voz do
próprio Deus que vem a nós em Jesus Cristo.

(2) É única em sua transmissão. Chegou às pessoas a quem o autor
de Hebreus escreve, por meio daqueles que a tinham ouvido diretamente
de lábios de Jesus. Sempre será verdade que a única forma de transmitir
Cristo aos outros será conhecendo-o "em primeira mão". Nunca
poderemos ensinar o que não sabemos e só podemos transmitir Cristo a
outros quando o conhecemos por nós mesmos.

(3) É único em sua efetividade. Esta derivou em sinais, maravilhas e
múltiplos atos de poder.
Em certa ocasião alguém felicitou a Thomas Chalmers depois de
um de seus grandes sermões. "Sim", repôs, "mas que resultados obtive?"
Como estava acostumado a dizer Denney, o objeto último do
cristianismo é transformar homens maus em bons; e a prova da realidade
do mesmo continua sendo sua capacidade de transformar as vidas dos homens. Os milagres morais da fé cristã são ainda claramente visíveis para todos.
(4) Esta é uma palavra escatológica. Porque não foi aos anjos que Deus sujeitou o mundo vindouro.
Salvação para este pregador, seria consumada no mundo vindouro. Ele estava dizendo que, os que abrem mão da realidade final que está em Cristo, não tem esperança de salvação final.
O ponto de vista cristão acerca da salvação tem, muitas vezes, sido empobrecido por aqueles que se detêm exclusivamente em uma fase da salvação, como se isso fosse tudo que Deus tinha em mente para nós.
Alguns se detêm apenas na iniciação da salvação na primeira confissão de fé. Outros se detêm apenas no aspecto educacional ou desenvolvimento da nutrição em Cristo. Ainda outros se detêm exclusivamente no eschaton.
Não nos compete reduzir toda a libertação de Deus a fase que apela mais para os nossos sentimentos.
Este escritor descreve a natureza do completa salvação e coloca-a muito acima de qualquer coisa que mesmo os anjos possam propiciar.
O fim da salvação, contudo, é a preocupação primordial deste pregador primitivo.

Fonte: Comentário Bíblico William Barclay

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