quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Tema:

ENQUANTO AINDA DURA O HOJE

ENQUANTO AINDA DURA O HOJE
Hebreus 3:7-19

Até aqui o autor de Hebreus esteve tentando provar a supremacia
única de Jesus, e agora muda a argumentação pela exortação. Trata de
convencer os seus leitores da consequência inevitável dessa supremacia
única. Se Jesus tiver tão suprema e única grandeza, então
consequentemente deve ser objeto de uma confiança total e de uma
obediência plena. Se endurecerem seus corações e recusam escutar sua
voz e lhe obedecer confiantemente, as conseqüências serão terríveis.
É muito difícil para nós compreender o modo como o autor de
Hebreus arma sua argumentação por meio de uma dupla alusão. Começa
com uma citação do Salmo 95:7-11. O salmo exorta aos que o escutam a
prestar ouvidos à voz de Deus para não assemelhar-se aos filhos de Israel
"como na provocação e no dia da tentação". Agora, estas dois
expressões — provocação e dia da tentaçãosão tradução de duas
palavras hebréias que expressam nomes de lugares: Massá e Meribá. O
texto refere-se à história narrada em Êxodo 17:1-7 e Números 20:1-13.
Ambas as passagens relatam um broto de rebelião durante a peregrinação
do povo de Israel. Encontravam-se sedentos no deserto e protestaram
perante Moisés, lamentando ter abandonado o país do Egito. Tinham
perdido toda a confiança em Deus. Na versão de Números Deus ordena
que Moisés fale com a rocha para que dela surja água. Mas Moisés em
sua irritação não falou, antes bateu na rocha. A água brotou igualmente,
mas por causa deste ato de desconfiança e desobediência Deus declarou
que Moisés jamais introduziria o povo na terra prometida. O ato de
desconfiança e desobediência fechou a entrada à terra da promessa.
"Certamente não entrarão em meu descanso" significa "Certamente não
entrarão na terra prometida." Para os nômades e vagabundos do deserto a
terra prometida era o lugar do descanso, e freqüentemente a chamavam o
repouso (Deuteronômio 12:9). Aqui se sublinha que a desobediência e
desconfiança de Israel os impediram de desfrutar das bênçãos de Deus.
O autor de Hebreus diz a seu povo: "Guardem-se de mostrar a
mesma desobediência e desconfiança para com Deus que mostraram seus
pais, para que não percam as bênçãos reservadas a vocês assim como
eles as perderam." Efetivamente lhes diz: "Enquanto haja ainda tempo,
enquanto ainda possam falar do 'hoje', tributem a Deus a confiança a
obediência devida." É obvio que para todos o significado da palavra
"hoje" tem o alcance de "enquanto dure a vida". O escritor diz portanto:
"Enquanto têm oportunidade, tributem a Deus a confiança e a submissão
que lhe é devida antes que conclua seu dia e seu 'hoje' passe
definitivamente."

Aqui encontramos algumas importantes advertências:

(1) Deus faz um oferecimento. Assim como ofereceu aos israelitas
as bênçãos da terra prometida assim também oferece todos os homens as
bênçãos de uma vida muito superior à que podem viver sem Deus.
(2) Mas para obter as bênçãos de Deus se requerem duas coisas.

(a) Confiança. Devemos crer que o que Deus diz e oferece é
verdade; que Deus pode e quer fazê-lo. Devemos estar dispostos a
arriscar nossas vidas por esta fé.

(b) Obediência. É como se um médico nos dissesse: "Posso curar
você se obedecer sem reservas as minhas instruções." É justamente o que
diria um mestre: "Posso transformar você em sábio contanto que siga
meus ensinos com fidelidade absoluta." É o que um treinador diz ao
atleta: "Posso fazer de você um campeão se não se apartar nunca das leis
disciplinadoras que estabeleço." Em todos os campos da vida o êxito
depende da obediência à palavra do perito. Deus, por assim dizê-lo, é o
perito na vida; a verdadeira felicidade depende de que lhe obedeçamos.

(3) Há um limite para o oferecimento de Deus. Esse limite é o da
própria vida. Agora, nunca sabemos quando chegará este termo. Falamos
facilmente sobre o "amanhã" que talvez nunca vejamos. Tudo o que
possuímos é o hoje: este momento de tempo. Alguém disse:
"Deveríamos viver cada dia como se fosse toda uma vida." O
oferecimento de Deus deve ser aceito hoje; a confiança e a obediência
devem manifestar-se hoje porque nunca estamos seguros do manhã. Aqui temos, pois, o oferecimento supremo de Deus, mas é um
oferecimento que só se faz à confiança perfeita e à obediência plena; um

oferecimento que deve ser aceito agora, antes que seja impossível aceitá-lo. 

Fonte: Comentário Bíblico William Barclay

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