quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Tema:

A Dissertação de Paulo sobre a Justificação. A excelência do Evangelho


                              

                                                                  
                                                                        
                                                                    
         A Dissertação de Paulo sobre a Justificação.
    A excelência do Evangelho



Paulo começa aqui um longo discurso sobre a justificação, em que apresenta sua tese, e, para prova-la, descreve a condição deplorável do mundo gentílico. A sua transição é muito elegante, e como um orador, ele estava pronto para pregar o evangelho em Roma, embora fosse um lugar onde o evangelho era perseguido por aqueles que se achavam sábios: Porque, diz ele, “não me envergonho do evangelho de Cristo (v.16)”. Há muito no evangelho de que um homem como Paulo poderia ser tentado a se envergonhar, especialmente o evangelho de um homem pendurado em uma cruz, sua doutrina clara, que tinha pouca coisa nela para se destacar entre os eruditos, os seus fiéis pobres e menosprezados, e em toda a parte caluniados; contudo, Paulo não estava envergonhado de expô-lo. Na verdade, considera cristão aquele que não se envergonha do evangelho nem é uma vergonha para ele.
A razão dessa confissão corajosa, tomada da natureza e excelência do evangelho, introduz sua dissertação.

I.        A Proposição (vv.16,17). A excelência do evangelho repousa nisso, que ele nos revela:

A salvação dos crentes como o fim:
 “é o Poder de Deus para nossa salvação” Paulo não esta envergonhado do evangelho, por mais insignificante e desprezível que ele possa parecer a um olhar carnal, porque o poder de Deus opera por meio dele a salvação de todo aquele que crer. Ele nos mostra “... o caminho da salvação...” (At.16.17), e é a grande carta magna pelo qual a salvação é transferida e transmitida a nós.


Mas:

a.     É pelo poder de Deus;

Sem esse poder o evangelho é apenas uma letra morta; revelação do evangelho é a revelação do “... braço do senhor...” (Is.53.1), assim como o poder de  acompanhava a palavra de Cristo para curar doenças.

b.     É para aquele, e somente aqueles que creem.

Crer desperta nosso interesse no evangelho da salvação; para os outros esta oculto. O medicamento não curará o paciente se não for tomado.

Para o judeu primeiro: “As ovelhas perdidas da casa de Israel” tiveram a primeira oferta, tanto da parte de Cristo como de seus apóstolos.
 “Primeiro a vós”(At.3.26), mas em sua recusa os apóstolos se voltaram para os gentios (At.13.46). Judeus e gentios estão agora no mesmo nível, ambos igualmente miseráveis sem um Salvador, e ambos acolhidos pelo Salvador (Cl.3.11). Uma doutrina como esta era surpreendente para judeus, que tinham até agora sido o povo especial, e tinham olhado com desprezo para o mundo gentílico; mas o messias há muito esperado aparece como “uma luz para iluminar os gentios”, bem como “a glória de seu povo Israel”.
  A justificação dos crentes como caminho (v.17).
Porque nele”, quer dizer, neste evangelho, no qual Paulo tanto exulta, “...se descobre a justiça de Deus...”. Nossa miséria e ruína são o produto e consequência de nossa iniquidade, portanto, aquele que nos mostrará o caminho da salvação deve necessariamente nos mostrar o caminho da justificação, e isso o evangelho faz. O Evangelho torna conhecido uma justiça. Enquanto Deus é um Deus justo e santo, e nós somos pecadores culpados, é necessário que tenhamos uma justiça pela qual apareçamos diante Dele; e bendito seja Deus, há uma justiça assim trazida pelo Messias, o Príncipe (Dn.9.24), e descoberta no evangelho; uma justiça, quer dizer, um método gracioso de reconciliação e aceitação, não obstante a culpa de nossos pecados.

Essa Justiça evangélica:
É chamada de a justiça de Deus;
É a justiça designada por Deus, uma justiça que Deus aprova e aceita. Ela é assim chamada para eliminar todas as pretensões a uma justiça resultante do mérito de nossas próprias obras. É a justiça de Cristo, que é Deus, que resulta de uma satisfação de valor infinito.

  Diz-se que é “... de fé em fé...”.
(segundo alguns) da fidelidade de Deus que revela para a fé do homem que recebe; da fé da dependência de Deus, e que lida imediatamente com Ele, como Adão antes da queda, para a fé da dependência de um Mediador, e assim trata com Deus ( na opinião de outros),da primeira fé, pela qual somos postos em um estado de justificado, para fé posterior, pela qual nós vivemos, e continuamos a nesse estado: e a fé que nos justifica não é menos que nossa aceitação de Cristo como nosso Salvador e nos tornarmos verdadeiros cristãos, de acordo com a aliança batismal; da fé que nos enxerta em Cristo para fé que recebe virtude dele como raiz: ambas implicadas nas palavras seguintes: O “Justo viverá da fé”.Justo pela fé, ai esta a fé que nos justifica; viver da fé, ai esta a fé que nos mantém; e assim há uma justiça de fé em fé.
Fé é tudo em todos, tanto no inicio como no progresso da vida cristã.
Não é da fé para as obras, como a fé nos pusesse em um estado justificado, e então as obras nos preservassem nele, mas é desde o começo de fé para fé, de fé em fé, como (2Co.3.18) de glória em glória;  
É a fé crescente, contínua e perseverante, a fé que impele para frente e afasta a incredulidade. Para mostrar que isso não nenhuma doutrina nova, ele cita em favor dela aquela famosa passagem do Antigo Testamento, tão frequentemente mencionada no Novo (Hc2.4): “ O Justo viverá da fé”.
Sendo justificado pela fé ele viverá por ela tanto a vida de graça coma de glória. O profeta ali tinha se colocado na torre de vigia, enquanto esperava algumas descobertas extraordinárias (v.1), e a descoberta foi a certeza do aparecimento do Messias prometido na plenitude dos tempos, muito embora parecendo demorar. Isso é chamado de a visão, a título de eminência, como em outras partes a promessa; e enquanto esse tempo se aproximava, como também quando chegou, o justo viverá pela fé.
Assim é a justiça evangélica da fé para a fé- da fé do Antigo testamento em um Cristo vindouro à fé do Novo Testamento em um Cristo já veio.

II.A prova dessa proposição, que tanto judeus como gentios tinham necessidade de uma justiça pela qual se apresentar diante de Deus, e que nem uns nem outros tinham algo de si próprios para alegar. A justificação deve ser ou pela fé ou pelas obras. Ela não pode ser pelas obras, o que ele prova imediatamente ao descrever as obras tanto de judeus como de gentios; e, portanto, ele inclui que ela deve ser pela fé (cap.3.20,28). O apóstolo,  como um hábil  cirurgião, antes de aplicar o medicamento, procura a ferida;
Empenha-se primeiro em convencer da culpa e ira, e em seguida mostra o caminho da salvação. Isso torna o evangelho tanto mais bem-vindo.
Nós temos de ver primeiro a justiça de Deus que condena, e em seguida a justiça de Deus que justifica aparecerá digna de toda aceitação. Em geral (v.18) “...se manifesta a ira de Deus...”.

A luz da natureza e a luz da lei revelam a ira de Deus do pecado para o pecado. É bom para nós que o evangelho revele a justiça justificadora de Deus da fé para fé.
A antítese é nítida. Aqui temos:
A descrição da pecaminosidade do homem; ele reduz a dois tópicos, impiedade e injustiça;

A causa dessa pecaminosidade; isto é, deter “a verdade em injustiça”. 
Algumas ideias que eles tinham acerca do ser de Deus, e da diferença entre o bem, e o mal; mas eles a mantinham na injustiça, isto é, eles conheciam e as professavam em conformidade com seus maus caminhos.
Eles sustentavam a verdade como cativa ou prisioneira, para que ela não os influenciasse como faria se fosse de outro modo.
Um coração mau e injusto é calabouço no qual muitas verdades boas são detidas e enterradas.
Conservar “o modelo das sãs palavras na fé e na caridade” é a raiz de toda a verdadeira prática cristã ( 2Tm.1.13), mas conservá-la em injustiça é a raiz de todo o pecado.

O desgosto de Deus com ela:
“...do céu se manifesta a ira de Deus”; não só na palavra escrita que é dada por inspiração de Deus (os gentios não a tinham), mas nas providencias de Deus, seus julgamentos executados sobre os pecadores, que não brotam do pó ou ocorrem por casualidade , nem devem ser atribuídos a causas secundárias, ao contrario, são uma revelação do céu. Ou a ira do céu se manifesta; não é a ira de um homem como nós mesmos, mas ira dos céus, por isso é mais terrível e mais inevitável.

Fonte: comentário bíblico, Matthew Henry

Por Leon Denis

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