Neste
capítulo, podemos observar:
1°- O
prefácio e introdução a toda a epístola, até o versículo 16.
2°- Uma
descrição da condição deplorável do mundo gentílico, que dá início á
comprovação da doutrina da justificação pela fé, apresenta aqui no versículo
17. A primeira parte esta de acordo com a então usual formalidade de uma carta,
mas repleta de muitas expressões excelentes e agradáveis.
A COMISSÃO
DO APÓSTOLO
VV 1-6
Neste
parágrafo temos:
1° A pessoa que escreve a epístola
(v.1);
“Paulo servo de Jesus Cristo”; este é seu
título de honra, no qual ele se gloria, não como os mestres judeus, RABI,RABI;
mas como um servo, um assistente mais imediato, um mordomo na casa.... “chamado
para ser apóstolo”.
Ele aqui
constrói sua autoridade sobre seu chamado; ele não correu sem ser enviado, como
fizeram os falsos apóstolos; embora reconhecesse não ser digno de ser chamado
assim (1Co 15.9).
“Separado
para o evangelho de Deus”. Os fariseus derivavam o seu nome da separação, porque
eles se
separavam para o estudo da lei , e podiam ser chamados aforismenoi
eis ton monon como Paulo tinha
sido anteriormente; agora ele tinha mudado seus estudos, era aforismenoi
eis ton Evaggelion um fariseu do evangelho, separado pela
deliberação de Deus (Gl1.5), Separado desde o ventre da mãe,por
uma imediata orientação do Espírito, e uma ordenação regular de acordo com aquela orientação (At13.2,3), por uma
dedicação própria para essa obra.
Ele era completamente
dedicado ao evangelho de Deus, o evangelho que tem Deus como seu autor, e que
tem origem divina e procedência celestial.
2° tendo mencionado o evangelho de
Deus, ele divaga para fazer um elogio dele.
a) A sua antiguidade.
Foi “...antes...prometido” (v.2);não era
nenhuma doutrina nova e repentina, mas de antiga presença nas profecias do
Antigo Testamento, que todas unanimemente apontavam para o evangelho, como
raios do manhã que conduziam ao sol ao justiça; isto não só de palavras da
boca, mas nas Escrituras.
b) O seu assunto: diz respeito a Cristo
(vv3,4).
Todos os profetas e apóstolo dão testemunho dele; Ele é o verdadeiro
tesouro oculto das Escrituras.
Observe: Quando Paulo menciona Cristo, ele reúne seus nomes e títulos,
“... seu
filho... Jesus Cristo... nosso Senhor”, como alguém que tinha
prazer em falar Dele; e, tendo-o mencionado, ele não pode continuar em seu
discurso sem alguma expressão de amor e honra, como aqui, onde em uma
pessoa ele nos mostra as suas duas
naturezas distintas.
1° Sua natureza: “... que nasceu da descendência de Davi...”
(v.3), quer dizer nascido da virgem Maria, que era da casa der Davi (Lc1.27),
como era também José seu suposto pai (Lc2.4). Davi é mencionado aqui por causa
das promessas especiais feitas a ele relativas ao Messias, especialmente o seu
oficio real (2Sm7.12;Sl132.11), comparado com (Lc1.32,33).
2° Sua natureza divina:
“...declarado filho de Deus...”(v.4), o Filho de Deus por geração
eterna,ou, como esta está aqui explicado, “...segundo o Espírito de
santificação.” De acordo com a carne, isto é, sua natureza humana,Ele era da descendência de Davi;
mas, segundo o Espírito de santificação,
quer dizer, sua natureza divina ( conforme se diz que Ele é vivificado
pelo Espírito, 1Pd3.18 comparado co 2Co13.4), Ele é o Filho de Deus. A
grande prova, ou demonstração disso é a sua “...ressurreição dos mortos” , uma prova efetiva e inegável.
O sinal do
profeta Jonas, a ressurreição de Cristo, tinha por finalidade ser a última
prova de culpa (Mt12.39,40).
Aqueles que
não fossem convencidos por ela não seriam convencidos por nada. Deforma que
temos aqui o resumo da doutrina do evangelho relativa às duas naturezas de
Cristo em uma pessoa.
3° O seu fruto (v.5);
“... pelo
qual ...”, isto é, por Cristo manifestado e feito conhecido no
evangelho, nós (Paulo e os restantes dos ministros) recebemos “ ...graça
e apostolado...”, isto é, a graça de serem feitos apóstolos (Ef3.8).
Esse
apostolado foi recebido para “... a obediência da fé...” isto é, para
trazer as pessoas a essa obediência, e, como Cristo, assim também seus
ministros receberam para que pudessem dar. O apostolado de Paulo era para essa
obediência “... entre todas as gentes...”, por que ele era o apostolo
dos gentios (cap.11.13).
Observe a
descrição dada aqui da confissão cristã:
É a
obediência da fé. Ela não consiste em um conhecimento nocional ou em um simples
consentimento, muito menos em disputas perversas, mas em obediência.
Essa
obediência da fé satisfaz a lei da fé mencionada no capítulo 3.27.
O ato de fé
é a obediência do entendimento à revelação de Deus, e o produto disso é a
obediência da vontade à ordem de Deus.
Para
antecipar o mau uso da doutrina da justificação pela fé sem as obras da lei,
que ele explicaria na continuação da epístola, ele aqui fala do cristianismo
como uma obediência.
Cristo tem
um julgo: “... entre os quais sois também vós...” (v.6). Vocês, romanos, nesse
ponto estão no mesmo nível que outras nações pagãs de menos fama e riquezas;
vocês são todos, um em Cristo.
A salvação
do evangelho é uma salvação comum (Jd.3). Não há acepção de pessoas para Deus.
O chamado de
Jesus Cristo: Todos aqueles e somente aqueles, que são levados a uma obediência
da fé são efetivamente chamados por Jesus Cristo
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